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VIOLÊNCIA!

'Ele estava jurado de morte', diz pai de jovem assassinado com tiro na cabeça

06 março 2020 - 08h39Por G1 Tocantins

 Os assassinatos registrados nos últimos dias, na região central do Tocantins, deixaram moradores assustados. Foram pelo menos cinco casos em Palmas e no distrito de Luzimangues. O pai de um jovem morto com vários tiros em um beco disse que sabia do envolvimento do filho com o tráfico de drogas. "Ele estava jurado de morte", contou o pai Josselenilton dos Santos.

Só nesta quarta-feira (4) dois homens foram mortos na região norte da capital. Antônio Morais de Sousa foi baleado e morreu ao lado de uma escola, no horário em que os alunos saiam das aulas. Uma hora depois Jossé Lenilton dos Santos, de 19 anos, levou tiros quando estava perto de um supermercado. Ele também não resistiu aos ferimentos.

O pai de Jossé disse que apesar de saber que o filho estava sendo ameaçado não esperava que o crime acontecesse. "Não sei o tipo de pessoa ou se foi em envolvimento no crime. Não sei como é que é, mas ele estava jurado para morrer", contou o pai.

Em dias anteriores, outros homens foram alvos de criminosos na região sul de Palmas. Um deles foi baleado e não morreu. Outro foi encontrado morto dentro de um córrego. O corpo dele estava em estado avançado de decomposição e tinha lesões graves na cabeça. Um dos suspeitos do crime foi preso.

No final de fevereiro a adolescente Beatriz Andrade da Silva de 17 anos foi morta com pancadas na cabeça. A suspeita é que um capacete tenha sido usado para agredir a vítima até a morte. Na mesma semana o corpo de um homem foi encontrado carbonizado e queimado em Luzimangues, distrito de Porto Nacional.

Vários outros crimes são registrados diatiamente em cidades do interior do Tocantins. Mesmo com tantos casos, um balaço da Secretaria de Segurança Pública (SSP) indica que o número de assassinatos está diminuindo. Em 2018 foram registrados 304 homicídios, sendo 52 em Palmas, e 271 em 2019, com 48 casos na capital.

O especialista em Segurança Pública, Igor Barbosa, explica que a quantidade de crimes pode estar relacionada com o crime organizado. "Possívelmente alguma disputa entre pontos de venda ou de distribuição de entorpecentes. Então é importante essa atuação preventiva para que não se crie espaços dominados pelo crime organizado", explicou.

Triste pela perda, o pai de Jossé quer que o crime seja solucionado com a prisão dos envolvidos. "Não estou aqui para julgar ninguém, para discutir com ninguém. Só estou querendo justiça", pediu o homem.