Uma denúncia apresentada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Tocantins (MPTO), resultou no indiciamento de 17 pessoas por envolvimento com a facção criminosa Amigos do Estado (ADE). A peça foi protocolada no dia 14 de julho e aceita pela Justiça no dia 23, incluindo acusações de organização criminosa, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, financiamento ao tráfico e falsificação de documento público. O processo tramita na Vara Criminal de Dianópolis.
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Uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Tocantins (MPTO), resultou no indiciamento de 17 pessoas apontadas como integrantes da facção Amigos do Estado (ADE).
A denúncia foi protocolada em 14 de julho, aceita pela Justiça no dia 23, e tramita na Vara Criminal de Dianópolis. Os acusados responderão por crimes como organização criminosa, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, financiamento ao tráfico e falsificação de documento público.
ROTAS AÉREAS PELO TOCANTINS
Segundo a denúncia, a ADE nasceu em Goiás e atua também no Tocantins, Bahia, Pará e outros estados, utilizando pistas de pouso clandestinas em fazendas de Formoso do Araguaia e Almas para o transporte aéreo de drogas. A facção se aproveitava do Tocantins como ponto estratégico para escapar das forças policiais goianas, integrando a chamada “Rota Caipira” – corredor aéreo usado para o tráfico de cocaína pelo interior paulista, Triângulo Mineiro e sul de Goiás.
EMPRESAS DE FACHADA
As investigações, conduzidas pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Tocantins (FICCO/TO), revelaram a existência de quatro empresas de fachada usadas para lavar dinheiro. Juntas, elas movimentaram cerca de R$ 64 milhões em apenas seis meses.
Os denunciados têm domicílio em Goiás, Maranhão e Pará, sem residência no Tocantins. A atuação do grupo foi identificada entre dezembro de 2023 e maio de 2025.
INVESTIGAÇÃO
O inquérito teve início em abril de 2024, após um homem desobedecer ordem de parada da Polícia Militar na divisa do Tocantins com a Bahia. O condutor, foragido da Justiça de Goiânia, dirigia uma Hilux com reboque transportando mil litros de querosene de aviação sem nota fiscal. Além do combustível, foram apreendidos drone, celulares, óculos e relógios de alto valor.
O passageiro do veículo, que declarou ser vaqueiro com renda de R$ 4 mil, também foi detido. A caminhonete estava registrada em seu nome. O caso desencadeou a operação que desarticulou parte da logística da facção no estado.






