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JUSTIÇA DO TOCANTINS

Ministra cobra explicações sobre investigação que mantém Karol Digital presa

07 novembro 2025 - 14h31Por Da Redação

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a cumprir o despacho da ministra Cármen Lúcia no caso da influenciadora Karol Digital, acusada de chefiar um esquema de jogos de azar que teria movimentado R$ 217 milhões no Tocantins.

OFÍCIOS ENVIADOS AO TOCANTINS

Nos últimos dias, o sistema do STF registrou várias movimentações na Reclamação 86.837, que tramita sob segredo de Justiça. Entre os dias 4 e 6 de novembro, foram expedidos ofícios eletrônicos para o juiz da 1ª Vara Criminal de Araguaína e para a Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC) de Palmas, em cumprimento ao despacho da ministra.

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PRAZO DE 48 HORAS PARA RESPOSTAS

Em decisão de 3 de novembro, Cármen Lúcia determinou que as duas autoridades prestassem informações em até 48 horas sobre o andamento do inquérito que fundamenta a prisão de Karol Digital, do namorado Dhemerson Rezende Costa e da mãe, Maria Luzia Campos de Miranda.

A defesa alega que as investigações continuam mesmo após o oferecimento da denúncia e que há restrição de acesso aos autos, o que, segundo os advogados, viola a Súmula Vinculante 14 — que garante o direito da defesa de consultar todos os elementos do processo.

TRECHO DO DESPACHO

Oficie-se ao juízo da Primeira Vara Criminal da comarca de Araguaína/TO [...] e à Primeira Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado de Palmas/TO [...] para, no prazo máximo de quarenta e oito horas, prestar informações pormenorizadas sobre o alegado na presente reclamação e elucidar os fundamentos pelos quais se restringiria a ciência plena dos dados pretendida pela defesa”, escreveu a ministra.

SUPREMO AGUARDA RESPOSTAS

Registros do STF mostram que três comunicações — os ofícios nº 23232, 23237 e 23349/2025 — foram assinadas e enviadas entre os dias 4 e 5 de novembro. Agora, o Supremo aguarda as respostas oficiais para decidir se houve abuso ou violação de garantias da defesa.

OPERAÇÃO FRAUS

Karol Digital está presa desde 22 de agosto, quando foi alvo da Operação Fraus, deflagrada pela Polícia Civil e pelo Ministério da Justiça. Ela e outros três acusados respondem por organização criminosa, lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar.

De acordo com o Ministério Público, o grupo simulava ganhos em apostas do tipo “Tigrinho” para atrair jogadores, movimentando mais de R$ 200 milhões em contas pessoais e empresariais.