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NA MIRA DA JUSTIÇA

Motorista é denunciado por provocar acidente que matou seis pessoas

12 agosto 2025 - 18h50Por Da Redação

O Ministério Público do Tocantins (MPTO) denunciou o caminhoneiro Jeferson Alves Vera, de 25 anos, por supostamente provocar o acidente que matou seis pessoas na TO-130, entre Barra do Ouro e Goiatins, em 24 de fevereiro de 2022. Entre as vítimas estavam um bebê de cinco meses e o motorista da Secretaria de Saúde de Campos Lindos, Nildon Eugênio Berlanda, de 47 anos.

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ALTA VELOCIDADE E CONTRAMÃO

Laudos da Polícia Científica apontam que o caminhão prancha conduzido por Jeferson trafegava em alta velocidade e na contramão no momento da batida contra o Fiat Uno da saúde municipal, que seguia regularmente. O impacto foi tão violento que matou instantaneamente todos os ocupantes do carro.

AS VÍTIMAS

  • Nildon Eugênio Berlanda, 47 anos (motorista)

  • Reginalda dos Santos Abreu, 36 anos (paciente)

  • Luzia Maria dos Santos, 36 anos (acompanhante)

  • Valentina Maria dos Santos, 5 meses (filha de Luzia)

  • Lucilene Dias dos Santos, 52 anos (paciente)

  • Ana Célia Pereira, 31 anos (acompanhante)

PERÍCIA DESCARTA OUTRAS CAUSAS

No dia do acidente havia forte neblina e buracos na pista, mas a perícia descartou essas hipóteses como determinantes. A responsabilidade foi atribuída exclusivamente ao caminhoneiro.

DENÚNCIA E PEDIDO DE INDENIZAÇÃO

Com base nas investigações, o MPTO denunciou Jeferson por seis homicídios culposos na direção de veículo automotor, previstos no artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro. O órgão também pediu que, em caso de condenação, ele pague indenização mínima de R$ 300 mil às famílias das vítimas.

PROCESSO JÁ EM ANDAMENTO

A denúncia foi recebida em 31 de julho de 2025 pela 1ª Escrivania Criminal de Goiatins. O réu não teve direito a acordo de não persecução penal por já possuir condenação criminal anterior.

FAMÍLIA PEDE JUSTIÇA

Para o advogado e filho de Nildon, Henrique Berlanda, a decisão reforça a responsabilização do acusado: "Durante muito tempo circularam dúvidas sobre quem teria causado o acidente. Hoje está claro que meu pai não teve nenhuma culpa. Ele morreu cumprindo seu dever de transportar pacientes com segurança. A responsabilidade foi unicamente do condutor do caminhão".