A Justiça do Tocantins atendeu ao pedido do Ministério Público Estadual (MPTO) e converteu em preventiva a prisão do motorista envolvido no acidente que causou a morte de Caio Pinheiro Rocha, de 22 anos, e de seu filho, um bebê de apenas dois meses, em Araguaína. A decisão foi tomada nesta terça-feira (16), após audiência de custódia.
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DIREÇÃO SOB EFEITO DE ÁLCOOL
De acordo com o MPTO, o motorista conduzia o veículo sob efeito de álcool, em alta velocidade, com pneus desgastados e durante uma chuva intensa. Ele foi autuado por homicídio doloso com dolo eventual, caracterizado quando o condutor assume o risco de causar mortes ao dirigir em condições perigosas.
ACIDENTE DEIXOU MÃE DO BEBÊ EM ESTADO GRAVE
O acidente ocorreu no último domingo, na BR-153. Além das duas mortes, a mãe do bebê, Winglidy Soares Magalhães da Silva, de 20 anos, também estava no veículo e sofreu ferimentos graves, sendo encaminhada para atendimento hospitalar.
HISTÓRICO CRIMINAL
Entre os fatores considerados pela Justiça estão a comoção social provocada pelo caso e o histórico do motorista, que já responde a outro processo criminal. Ele também é suspeito de ter descumprido medidas judiciais anteriores, como a proibição de frequentar bares.
Segundo o promotor de Justiça Daniel José de Oliveira Almeida, o comportamento do investigado demonstra periculosidade social e risco de reincidência. O promotor destacou ainda que o motorista, que atua como mecânico, possuía conhecimento técnico sobre as más condições do veículo.
PERÍCIA DA PRF REFORÇA TESE DE DOLO EVENTUAL
A perícia da Polícia Rodoviária Federal confirmou que o veículo não deixou marcas de frenagem no local do acidente e que o pneu dianteiro esquerdo estava extremamente desgastado. O parecer do MPTO também aponta indícios claros de alteração da capacidade psicomotora do condutor em razão da ingestão de álcool.
O processo foi encaminhado à Vara do Tribunal do Júri, por se tratar de crime doloso contra a vida.


Entre os fatores considerados pela Justiça estão a comoção social provocada pelo caso e o histórico do motorista, que já responde a outro processo criminal. - Crédito: Divulgação 


