Palmas
25º
Araguaína
23º
Gurupi
22º
Porto Nacional
22º
REDE ORTO
CHOCANTE E CRUEL

Pai e madrasta são presos por manter criança acorrentada e passando fome dentro de barril

01 fevereiro 2021 - 10h42Por Redação/Com informações de G1 Campinas

Uma criança de 11 anos foi resgatada, na tarde de sábado (30), após ser encontrada acorrentada dentro de um barril em uma casa onde morava com o pai e a madrasta em Campinas, no estado de São Paulo. O caso tem chocado e comovido nas redes sociais. 

A Polícia Militar (PM) foi acionada após a denúncia de vizinhos e ao chegar no local, em uma residência no Jardim Itatiaia, encontrou a criança acorrentada dentro de um barril de metal.

A criança estava nua, debilitada e apresentava sinais de desnutrição. Ela ficava em pé no espaço, onde também realizava suas necessidades fisiológicas. O local era coberto por uma telha e havia uma pia de mármore por cima, para impedir a saída do menino.

PMs usaram corta-fios para remover as correntes do menino e ele foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ele foi levado para o Hospital Ouro Verde, onde permaneceu internado até este domingo, sob a tutela de uma tia paterna.

Segundo os militares, o menino não conseguia se sentar ou agachar e estava com as pernas inchadas. No vídeo registrado pelos PMs, o menino diz que "só queria algo para comer".

A denúncia

O caso foi reportado às autoridades por vizinhos, que perceberam que o garoto havia deixado de ir para a escola e de brincar com as outras crianças do bairro. Os militares entraram na casa com autorização de uma jovem de 22 anos, que é filha da namorada do pai do menino.

Acusados

Três pessoas foram presas em flagrante pelo crime de tortura, sendo elas, o pai do menino, a namorada dele e a filha da mulher.

Segundo o homem, um auxiliar de serviços de 31 anos, ele prendeu a criança para educá-lo, já que o menino é agitado dentro de casa. Caso seja condenado, pode pegar de 2 a 8 anos de prisão.

A namorada, uma faxineira de 39 anos e a filha podem receber de um a 4 anos de detenção por se omitirem frente à situação da criança.

A fiança para os acusados foi fixada no valor de R$ 5 mil para cada um deles, mas não há nenhuma informação sobre o pagamento.