Uma família da cidade de Nova Olinda registrou um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil depois que uma criança recém-nascida teria sido trocada no Hospital e Maternidade Dom Orione, em Araguaína. As informações são do AF Notícias.
Conforme a denúncia, a psicóloga Lilya de Sousa Santos, de 30 anos, deu a luz à pequena Pérola por volta das 16h27 de segunda-feira, dia 13 de abril. Porém, a criança foi retirada da sua presença e devolvida cerca de 30 minutos depois.
(Foto: Arquivo Pessoal)
Sem direito a acompanhante por causa do coronavírus, Lilya disse que teve um parto normal induzida por medicamentos, o que a deixou muito abalada psicologicamente.
Ela só percebeu que algo estava errado por volta das 21h quando uma profissional da saúde foi fazer a higiene no bebê e sempre se referia à criança como um menino, sendo que ela estava grávida de uma menina.
Sozinha, Lilya ficou ainda mais desesperada depois que a enfermeira levou a criança sem dar nenhuma explicação e só retornou cerca de duas horas depois, já com uma menina, que seria a sua verdadeira filha, sem dar nenhuma explicação convincente para o ocorrido.
Mayda Sheila Sousa Santos, irmã de Lilya, disse que só conseguiu entrar no hospital para acompanhá-la depois da confusão, ou seja, já durante a noite. No dia seguinte, ela acionou a Polícia Militar para registrar a ocorrência, mas a direção da maternidade teria se recusado a recebê-los.
"O hospital está se esquivando de toda a responsabilidade, escondendo o caso, e já até colocaram ela em um quarto isolado para não ter contato com ninguém. Minha prima está totalmente abalada, chorando e com trauma do hospital. Ela só vai saber qual é o bebê dela daqui a 7 dias quando fizerem o teste de DNA", relatou Mayda.
Lilya receberia alta nesta quarta-feira (15), mas ficará na unidade até sair o resultado do teste. “Minha irmã está muito abalada com a situação e quebrou o resguardo”, relatou Alane Rodrigues Sobrinho, prima de Lilya.
A Polícia Civil deve investigar o caso.
Resposta do Hospital
"O Hospital Dom Orione comunica que o incidente sobre a troca de pulseiras de identificação dos recém-nascidos já foi prontamente solucionado e as famílias estão recebendo todo amparo assistencial e psicológico necessários".