A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta terça-feira (17), dois mandados de busca e apreensão contra um grupo suspeito de fraudar o benefício do salário-maternidade. As ações ocorreram nas cidades de Gurupi, na região sul, e Araguaína, no norte do Tocantins.
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COMO FUNCIONAVA
De acordo com a PF, o grupo criminoso criava vínculos empregatícios falsos para mulheres que haviam sido mães recentemente. Em seguida, solicitavam junto à Previdência Social o pagamento do salário-maternidade de forma fraudulenta.
As investigações apontam que, após o recebimento das parcelas, as mães eram obrigadas a repassar metade do valor aos criminosos.
Em alguns casos, segundo a PF, as mulheres não tinham conhecimento da fraude. Isso fez com que muitas ficassem em débito com o INSS, por receber um benefício indevido sem saber.
PREJUÍZO ULTRAPASSA R$ 1 MILHÃO
A Polícia Federal calcula que o prejuízo causado aos cofres públicos passa de R$ 1 milhão.
Ainda não há informações sobre o número exato de investigados ou se houve prisões. Os nomes dos suspeitos também não foram divulgados.
POSSÍVEIS CRIMES E PENAS
Os envolvidos podem responder por associação criminosa e estelionato cometido contra a administração pública ou entidade de assistência social. Se condenados, as penas somadas podem chegar a 9 anos e 8 meses de prisão.
OPERAÇÃO DUPLO ARDIL
A ação foi batizada de Operação Duplo Ardil. Segundo a PF, o nome faz referência à estratégia usada pelo grupo, que enganava dois lados ao mesmo tempo: a Previdência Social e as próprias mulheres beneficiárias.
A Polícia Federal segue com as investigações para identificar todos os envolvidos.