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TRÁFICO DE DROGAS

Médico e funcionários públicos encomendam drogas para consumir no trabalho

08 abril 2011 - 17h30

Foi identificado vários usuários e eles serão intimados a partir do tramite do inquérito policial para prestarem esclarecimentos e todas as pessoas que foram citadas nas escutas telefônicas serão intimadas para se explicarem”, disse o delegado, Jackson Ribas.

Segundo o delegado Jackson Ribas, responsável pela Delegacia Especializada em Investigações Criminais (DEIC), as escutas telefônica que desencadeou na prisão de Guilherme Oliveira Simões, 27 anos, na última terça-feira, 05, e dos seus irmãos Marcelo Oliveira Simões, 25 anos e Vinicius Oliveira Simões, 26 anos, e do comparsa Gledson Cris Aguiar de Sousa, 34 anos, presos ontem, apontam envolvimento de um médico e de funcionários público: “O que chamou a atenção foi determinados usuários pedindo drogas, alguns deles servidores públicos, trabalhando em locais públicos e isso vai ser apurado com todo rigor”, disse o delegado.

Segundo o delegado as investigações iniciaram depois de denúncias população: “Foi a população que denunciou a prática do tráfico de drogas na cidade e por se tratar de um tráfico bastante intenso, a partir daí a gente pediu as medidas judiciais cabíveis com interceptações telefônicas, passamos a monitorar os passos das pessoas”, disse o delegado.

A primeira prisão aconteceu na terça-feira passada no momento em que Giulhierme recebia 186 gramas de cocaína. “Na terça-feira uma Van que vinha de Palmas interceptou uma conversa entre o Giulhierme de que eles receberiam esta droga aqui na cidade. A gente ficou esperando a chegada e efetuou a prisão dele com 186 gramas”, disse Jackson.

O envolvimento dos irmãos Simões e de Gledyson no tráfico, segundo o delegado, foi confirmado antes do carnaval por meio de interceptações telefônicas: “Parece que eles faziam parte da diretoria de um bloco e auxiliavam na organização do bloco. Inclusive, em função disso, nós inserimos agentes de polícia nos blocos antes do carnaval para monitorar os passos de todos eles. Este trabalho tem sido feito pela polícia desde a época do carnaval e conseguimos sucessos depois de 20 dias após o carnaval”, disse o delegado “Eles são pessoas forte no tráfico de drogas na cidade”, acrescentou.


Envolvimento de um médico de Gurupi
Outro fato que chamou muito atenção foi o aparecimento de um médico nas gravações que demonstrou consumir cocaína em serviço: [trecho da gravação] “Ontem eu não dormi nada velho. Sai de um Posto e agora peguei no Pronto Atendimento velho. Não estou agüentando nem andar.Me salva aí. Eu não estou agüentando nem andar cara. Estou sem dormir desde ontem [...] Me dá umas cinco logo. Me salva velho eu estou ruim cara”, aponta uma das gravações.

Foi identificado vários usuários e eles serão intimados a partir do tramite do inquérito policial para prestarem esclarecimentos e todas as pessoas que foram citadas nas escutas telefônicas serão intimadas para se explicarem”, disse o delegado.

De acordo com o delegado existem outras pessoas que já foram identificadas e estão sob investigação: “Assim que nós tivermos elementos conclusivos que nos permitam tomar uma providência cautelar de forma para tirar essas pessoas de circulação serão adotadas pela polícia sim”, disse.


Confira parte do diálogo de Guilhierme com médico:

Médico: Sabe quantos partos que eu fiz ontem a noite. Quatro partos e mais uma cesárea velho.

Giulhierme: Caracas velho.

Médico: Ontem eu não dormi nada velho. Sai de um Posto e agora peguei no Pronto Atendimento velho. Não estou agüentando nem andar.Me salva ai. Eu não estou agüentando nem andar cara. Estou sem dormir desde ontem.

Giulhierme: Porra tá brincando, Caralho. Fez foi acabar sabe.

Médico: Hum!

Giulhierme: Acabou o negócio.

Médico: Mas arruma um pra mim.

Giulhierme: Eu arrumo para você. Quanto?

Médico: Pelo menos umas quatro.

Giulhierme: Beleza então, beleza.

Médico: Me dá umas cinco logo. Me salva velho eu estou ruim cara.

Giulhierme : Eu já te ligo.

Médico: Valeu Giulhierme. Obrigado.

(Do Atitude Tocantins)