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PARAÍSO

Acusadas de assassinato vão a julgamento

01 dezembro 2011 - 11h44

As jovens Talita Bonfati Ravali e Milena Coelho Feitosa, acusadas pelo Ministério Público por suposta autoria e co-autoria no assassinato do jovem Gustavo Ferreira, ocorrido em janeiro deste ano, em Paraíso, vão à júri nesta manhã de quinta-feira, 1 de dezembro em Paraíso.

Responsável pela defesa do caso, o defensor público, Júlio César Cavalcanti atuará em equipe neste caso, com o objetivo de esclarecer a participação de cada uma das acusadas no feito, que abalou a comunidade de Paraíso, em que Gustavo Ferreira, filho do empresário e sub-secretário de Indústria e Comércio do Estado, Pedro Ferreira era muito conhecido e querido.

O corpo de Gustavo Arruda Ferreira foi encontrado na manhã do sábado 22 de janeiro, no porta malas de um veículo Pegeaut, na saída da cidade, com diversas perfurações a faca e com as mãos amarradas.

Com base em informações de amigos de Gustavo, que relataram um encontro que ele teria na noite anterior com Talita Bonfati, a Polícia Civil chegou às duas suspeitas ainda no mesmo dia. A prisão foi feita no sábado 22, diante de um clima de muita hostilidade na cidade, em que cerca de 200 pessoas cercaram a delegacia.

Transferência e prisão
A Defensoria Pública entrou no caso dias depois, promovendo a transferência das presas para a CPP em Palmas e assumindo a defesa do caso. À época, temendo pela integridade física das acusadas, o primeiro defensor a assumir o caso, Daniel Ferreira, não pleiteou liberdade provisória.

O caso vai a julgamento nesta quinta-feira, quase um ano depois, na mesma cidade onde o crime foi cometido. A tese da acusação é de que Talita Bonfati atraiu Gustavo Ferreira para um encontro amoroso na casa em que morava com Milena, tendo dopado o rapaz a fim de que a companheira o atingisse. As duas teriam feito a desova do corpo na saída de Paraíso.

A defesa trabalha com a versão das acusadas de que Gustavo assediava Talita com frequência, mesmo sendo conhecedor de que ela mantinha uma relação homoafetiva há mais de um ano com Milena. Diversas situações de constrangimento vividas pelas duas, teriam provocado a intenção de “dar um susto”, em Gustavo, o que teria evoluído para a prática do crime.

O uso de papelotes de cocaína supostamente encontrados na residência de Talita e Milena indicariam o uso de drogas na noite do crime.

Julgamento fechado
O julgamento do Caso Gustavo ocorre à portas fechada, sem acesso da imprensa para cobertura fotográfica, ou dos depoimentos. Conforme apurou o site Roberta Tum, seis testemunhas foram elencadas no processo, sendo cinco de acusação e uma de defesa. A expectativa é que o resultado seja conhecido ainda nesta quinta-feira, 01.

A imprensa terá acesso apenas ao momento de leitura da sentença.