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CAÇA-FANTASMAS

Nova fase da "Operação Catarse" mira em duas irmãs de deputada estadual

08 maio 2019 - 18h35

A Polícia Civil do Tocantins, por intermédio da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (DEIC), Núcleo Norte, de Araguaína, deflagrou, nesta quarta-feira (8), mais uma etapa da operação “Catarse” e deu cumprimento a mandados de busca e apreensão em endereços de duas mulheres suspeitas de crimes contra a administração pública estadual.

Esta fase é um desdobramento da busca e apreensão realizada em 7 de dezembro de 2018, na sede da Secretaria-Geral de Governo, em Palmas, quando a Polícia Civil desencadeou a “Operação Catarse” e apreendeu documentos relacionados à frequência de servidores, lotados no órgão.

Diante dos elementos de informação colhidos até o momento, os delegados de Polícia José Anchieta de Menezes Filho e Bruno Boaventura Mota, responsáveis pelas investigações, decidiram indiciar Maria do Perpétuo Socorro Castelo Branco e Vânia Maria Castelo Branco que são irmãs da deputada estadual Valderez Castelo Branco (PP), atual líder do governo na Assembleia Legislativa. Elas devem responder pelo crime de peculato, pois segundo a polícia restou comprovado que as autoras não frequentavam e nem exerciam suas atividades funcionais no órgão, apesar de receberem seus salários desde o ano de 2016.

Para o delegado José Anchieta, a continuidade da operação Catarse visa resguardar o erário público, bem como identificar e responsabilizar funcionários que, por ventura, estejam se beneficiando com o recebimento ilegal de salários, sem de fato exercerem suas funções. “As investigações relativas a operação irão continuar, até que possamos apurar todos os indícios de irregularidades levantados até o momento, uma vez que é dever da Polícia Civil responsabilizar aqueles que, por ventura, estejam cometendo práticas ilícitas”, disse o delegado.

O Outro lado

Sobre a citação das irmãs, a  deputada Valderez Castelo Branco afirmou que soube dessa questão através da imprensa, disse que tem conhecimento de que elas eram servidoras e garantiu que seus trabalhos foram desenvolvidos.

Já o Governo do Estado destacou que as investigações da Operação Catarse dizem respeito a contratações que ocorreram na gestão anterior justificando ainda que os servidores investigados só puderam ser desligados após o fim  da vedação imposta por decisão da Justiça Eleitoral que proibiu a exoneração de servidores públicos, em virtude das duas eleições realizadas no Tocantins no ano passado.