Ingrid Emanuelle foi assassinada dentro de casa, em Governador Valadares, em setembro deste ano - Crédito: Reprodução A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou o ex-marido de Ingrid Emanuelle Santos, de 34 anos, como autor intelectual do assassinato da empresária em Governador Valadares, ocorrido em setembro deste ano. O crime foi planejado e executado mediante pagamento de R$ 80 mil, motivado por conflitos conjugais e pela atuação do suspeito como líder de uma organização criminosa.
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CRIME FOI PLANEJADO E EXECUTADO COM FRIEZA
O delegado Márdio Bento Costa informou que o inquérito concluiu o indiciamento de dois executores, do intermediário e do mandante. Os executores foram presos dois dias após o crime, em Itumbiara (GO), durante viagem para o Tocantins. A PCMG afirma que provas documentais e depoimentos confirmam o envolvimento dos quatro suspeitos.
MANDANTE E INTERMEDIÁRIO ESTÃO FORAGIDOS
O delegado regional Luciano Cunha de Lima afirmou que o mandante e o intermediário, residentes no Tocantins, estão foragidos desde a prisão dos executores.
A PCMG, com apoio da Polícia Federal, cumpriu mandados de busca em Araguaína (TO), apreendendo seis celulares e nove discos rígidos para análise pericial. Os materiais podem comprovar a participação dos suspeitos em outros crimes e atividades ilícitas.
LOGÍSTICA DO CRIME
O assassinato de Ingrid envolveu planejamento detalhado:
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Planejamento antecipado: O crime começou a ser planejado em julho, com o intermediário visitando Governador Valadares acompanhado de um executor para estudar a rotina da vítima.
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Hospedagem e execução: Os executores ficaram hospedados em hotel entre 27 de agosto e 10 de setembro, data do assassinato.
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Execução: Usaram disfarces de entregadores e alegaram levar um lanche para Ingrid, que abriu o portão acreditando ser legítimo.
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Crueldade: A vítima foi encontrada com as mãos amarradas e dois cortes profundos no pescoço.
CONFLITO FAMILIAR E ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
Segundo a investigação, o assassinato teve motivação dupla:
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Feminicídio: Havia conflitos interpessoais relacionados ao fim do relacionamento, disputa pela guarda da filha e partilha de bens. Ingrid já havia sido ameaçada e se mudado para Governador Valadares.
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Organização criminosa: O ex-marido é líder de grupo voltado ao envio ilegal de imigrantes para a Europa. A vítima passou a ser vista como obstáculo aos negócios ilícitos.
O delegado Márdio Costa destacou que, por se tratar de feminicídio, o caso será julgado pelo Tribunal do Júri de Governador Valadares.
*Com informações do G1/MG
