Neste sábado (30), o assassinato de Moisés Costa da Silva, então prefeito de Miracema do Tocantins, completa sete anos. O crime ocorreu em 30 de agosto de 2018, durante o dia, e o corpo do gestor foi encontrado dentro da própria caminhonete, em uma estrada rural.
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Até hoje, a família convive com incertezas e cobra respostas das autoridades. A investigação segue sob responsabilidade da Polícia Civil, com acompanhamento do Ministério Público do Tocantins (MPTO), mas está sob sigilo judicial.
FAMÍLIA SEGUE COBRANDO JUSTIÇA
O irmão de Moisés, Fidel Costa, relatou a dor e a angústia após anos sem solução. "Nós cobramos todos os dias durante esses sete anos. Vamos à delegacia, à SSP, ao MP, para buscar respostas. Queremos saber o que realmente aconteceu e não deixar esse crime impune", afirmou.
Segundo Fidel, o crime é considerado complexo e pode ter sido cometido por alguém com conhecimento técnico. "Teve alguém que teve o poder de não deixar pistas. Moisés morreu no exercício do mandato, legalmente constituído, assassinado cruelmente", disse.
PEDIDO DE FEDERALIZAÇÃO DO CASO
A família já fez pedidos para que a investigação seja federalizada caso não avance em nível estadual. Nos últimos dois anos, três solicitações foram formalizadas, inclusive por instituições. Todas ainda estão em tramitação.
"Se a SSP não resolver, queremos que vá para a Polícia Federal", reforçou Fidel.
TRAJETÓRIA E LEGADO DE MOISÉS DA SERCON
Natural de Lizarda, Moisés tinha 44 anos, era empresário do ramo contábil e estava em seu primeiro mandato, eleito em 2016 pelo PMDB com 84,62% dos votos. Ele era casado com Camila Fernandes, atual prefeita de Miracema.
Dias antes de ser morto, Moisés inaugurou obras importantes para o município, incluindo pontes aguardadas há 30 anos e infraestrutura como asfalto e rede de esgoto.
Para a família, o crime deixou um vazio na cidade. "Desde que ele foi assassinado, a cidade parece estar numa escuridão emocional. Moisés vinha brilhantemente administrando o município", disse Fidel.
INVESTIGAÇÃO EM ANDAMENTO
A SSP/TO e o MPTO confirmaram que a apuração segue em sigilo judicial. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também foi questionada sobre os pedidos de federalização, mas não respondeu até a publicação.
SETE ANOS DE DOR E REVOLTA
Fidel relatou o impacto emocional para a família. "Imagine o quanto essa família vem sendo adoecida. A morte do Moisés deixou uma ferida profunda. Um assassinato misterioso como esse causa uma dor maior e uma revolta muito grande", declarou.
A família promete continuar lutando para que os culpados sejam identificados e condenados.
*Com informações do G1 Tocantins alhes.


Homicídio de Moisés Costa da Silva (MDB) aconteceu em 2018 - Crédito: Divulgação 


