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EM ARAGUAÍNA

Servidor Público é indiciado por assédio sexual e perseguição contra estagiária

16 dezembro 2025 - 09h22Por Da Redação

A Polícia Civil do Tocantins concluiu o inquérito que apurou denúncias de assédio e perseguição envolvendo um servidor da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), em Araguaína e indiciou um fiscal de defesa agropecuária de 44 anos, identificado pelas iniciais A.S.R. Ele responderá pelos crimes de assédio sexual, importunação sexual e perseguição (stalking) contra uma estagiária de 27 anos.

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O procedimento foi conduzido pela 26ª Delegacia de Polícia de Araguaína e encaminhado ao Ministério Público Estadual para as providências cabíveis.

ABUSO DE POSIÇÃO HIERÁRQUICA

Os fatos investigados ocorreram no segundo semestre de 2024, no ambiente de trabalho da unidade da Adapec no município.

Conforme apurado, o servidor teria se valido da posição hierárquica para constranger a vítima, com comentários reiterados de cunho sexual e ofensivo.

Entre os depoimentos colhidos constam falas depreciativas sobre mulheres e menções explícitas a práticas sexuais feitas dentro da repartição pública.

TOQUES SEM CONSENTIMENTO 

O inquérito aponta que, em uma das situações, o investigado tocou o cabelo da estagiária sem consentimento e fez comentário de duplo sentido, gerando constrangimento e desconforto.

Após a vítima relatar os fatos aos superiores, o comportamento do servidor teria se intensificado, passando a incluir abordagens intimidatórias no ambiente de trabalho e atos de perseguição fora da unidade.

PERSEGUIÇÃO APÓS O EXPEDIENTE

Um dos episódios mais graves ocorreu em outubro de 2024, quando a estagiária percebeu que estava sendo seguida ao deixar o trabalho. Por temer pela própria segurança, ela alterou o trajeto habitual e buscou abrigo até receber auxílio de colegas.

Durante as diligências, a Polícia Civil localizou na mesa de trabalho do investigado objetos como calcinhas e lubrificante, considerados incompatíveis com o ambiente profissional e que, segundo a investigação, reforçam os indícios de conduta inadequada no exercício da função pública.

PENAS PODEM CHEGAR A DEZ ANOS DE PRISÃO

Ao longo da apuração, foram ouvidos a vítima, o supervisor do setor e diversas testemunhas. Com base nos elementos reunidos, a Polícia Civil formalizou o indiciamento pelos três crimes, cujas penas, somadas, podem chegar a até dez anos de prisão.

Além do envio do caso ao Ministério Público, a Corregedoria-Geral do Estado foi comunicada para adoção de medidas administrativas, que podem resultar em sanções disciplinares e até demissão do servidor.