Arma apreendida com o suspeito morto em confronto. - Crédito: Foto: DivulgaçãoHoje (10), um novo confronto foi registrado, aumentando para 17 o total de suspeitos mortos durante a Operação Canguçu, que é realizada em resposta à ação criminosa que assustou a população de Confresa (MT) em 9 de abril e que fugiu para o interior do Tocantins.
Por volta das 8h, uma unidade do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) do Mato Grosso se deparou com um suspeito na TO-354, perto da Fazenda Terra Boa, em Pium. Ele foi levado para o Hospital de Marianópolis, onde acabou não resistindo. Foi encontrado um fuzil de grande porte com o suspeito.
Cinco pessoas foram presas na Operação Canguçu. Dois deles foram detidos durante o cerco policial na área rural de Tocantins. Os outros três suspeitos de ajudar na organização logística foram localizados em Redenção (PA) e Araguaína (TO).
No dia 10 de abril, a operação na zona rural do Tocantins foi iniciada em resposta a um assalto à uma transportadora de valores, que os criminosos tentaram realizar e, ao serem surpreendidos pela fumaça, fugiram para a região. A princípio, a polícia estimou que ainda existissem três suspeitos na mata.
Mais de 300 policiais de cinco estados estão empenhados na procura pelos assaltantes. Estes estão cercados e sem saída, tendo passado dias escondidos na copa das árvores e se alimentado de espigas de milho e sal de ureia, usado para nutrir gado.
A Polícia considera esta como uma das maiores operações para capturar criminosos do país. O Comando e os governadores dos estados participantes afirmam que as buscas devem prosseguir até que todos os suspeitos sejam encontrados.
A força-tarefa montada para capturar o bando tem sido apoiada pela tecnologia. Os policiais estão empregando binóculos com visão noturna e drones com câmeras térmicas para encontrar os delinquentes.
A OPERAÇÃO
No dia 10 de abril, as buscas no Tocantins começaram após a fuga dos criminosos do Mato Grosso. Eles entraram no estado usando embarcações para navegar pelos rios Araguaia e Javaés. Os suspeitos tentaram afundar os barcos para despistar as equipes policiais de cinco estados, que somam mais de 300 profissionais.
Durante a fuga, os criminosos vêm deixando um legado de terror em Marianópolis do Tocantins. Áudios publicados nas redes sociais retratam o pânico da população local. Invasões de propriedades e reféns estão entre as ações dos bandidos.
Recentemente, na região rural de Pium, perto do povoado Café da Roça, foram encontrados indícios de que criminosos estavam por perto: sapatos velhos, espigas de milho e sal com ureia, usado para alimentação de bovinos. Este último estaria servindo de comida para os fugitivos.
Os suspeitos ainda estariam usando sacos amarrados aos pés para tentar não deixar pegadas por onde passam. Esta estratégia foi descoberta após a morte de um dos envolvidos.
A Operação Canguçu, que abrange uma área de 4,6 mil km em quatro cidades, apreendeu um arsenal de guerra. Entre as apreensões estão armamentos de alto calibre, incluindo fuzis furtados da PM de São Paulo, milhares de munições, coletes à prova de bala e outros materiais.
