O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido para que Thiago Barbosa de Carvalho, sobrinho do governador do Tocantins, fosse transferido para uma sala de Estado-Maior no Comando-Geral da Polícia Militar. A justificativa da Corte foi que Thiago não está em exercício da advocacia, condição essencial para o direito à cela especial.
PRESO DESDE MARÇO
Thiago Barbosa está preso desde o dia 18 de março na Unidade Penal Regional de Palmas (UPRP). Ele é suspeito de vazar decisões sigilosas do Superior Tribunal de Justiça (STJ) quando atuava como assessor jurídico no Ministério Público do Tocantins (MPTO).
A prisão foi realizada durante a Operação Sisamnes, da Polícia Federal, que investiga um possível esquema de venda de sentenças no STJ. O governador Wanderlei Barbosa não é alvo das investigações.
PEDIDO FOI FEITO PELA SECRETARIA DE JUSTIÇA
O pedido para transferência foi feito no dia 11 de maio por Deusiano Amorim, secretário estadual de Cidadania e Justiça. Segundo ele, Thiago enfrenta hostilidade na unidade penal, o que exige esforços extras para manter a ordem e a segurança.
Amorim também apontou riscos à integridade física e emocional de Thiago, solicitando a transferência para um ambiente mais seguro.
DEFESA CRITICA VAZAMENTO DE INFORMAÇÕES
A defesa do preso, representada pelo advogado Luiz Francisco, criticou o vazamento do conteúdo dos autos para a imprensa. Ele afirmou que essa divulgação viola a confidencialidade do processo e pode prejudicar o andamento da investigação.
O advogado também demonstrou surpresa com o fato de a imprensa ter acesso à decisão antes da defesa ser formalmente notificada.
DEFESA VAI RECORRER
O escritório responsável pela defesa de Thiago Barbosa declarou que todas as medidas jurídicas estão sendo tomadas para garantir os direitos do cliente.
Segundo Luiz Francisco, a equipe já trabalha em um recurso contra a decisão do STF.