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PRESO DESDE MARÇO

STF revoga prisão de sobrinho do governador suspeito de vazar dados do STJ

30 julho 2025 - 21h17Por Da Redação

O advogado Thiago Marcos Barbosa de Carvalho teve a prisão preventiva revogada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é investigado por envolvimento em um suposto vazamento de informações sigilosas do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Thiago é sobrinho do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), que não é investigado no caso.

PRESO DESDE MARÇO

Thiago foi preso no dia 18 de março de 2025, durante uma nova fase da Operação Sisamnes, da Polícia Federal. A investigação apura crimes como obstrução de justiça, violação de sigilo funcional e corrupção ativa e passiva.

A decisão que determina a revogação da prisão foi assinada na terça-feira (29). Segundo os advogados do caso, Thiago deve ser libertado na quinta-feira (31), após emissão do alvará de soltura.

OUTROS INVESTIGADOS 

Zanin argumentou que outros alvos da mesma operação, como o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), o policial Marco Augusto Velasco e o advogado Antônio Ianowich Filho, também tiveram a prisão preventiva revogada. Por isso, estendeu os mesmos efeitos a Thiago.

SOLTO COM MEDIDAS CAUTELARES

Apesar da liberação, Thiago deverá cumprir medidas cautelares. Ele está proibido de manter contato com investigados nas operações Sisamnes, Fames-19 (que apura desvios na distribuição de cestas básicas) e Máximus (que investiga venda de sentenças judiciais).

Também teve o passaporte retido e está impedido de sair do país.

ACUSAÇÃO 

De acordo com o inquérito da Polícia Federal, Thiago teria acessado informações sigilosas da Operação Fames-19 e as repassado ao tio, governador Wanderlei Barbosa. A defesa do governador afirmou que ele já estava habilitado no inquérito e não recebeu informações ilegais.

Na época da prisão, Thiago trabalhava como assessor jurídico do Ministério Público do Tocantins. Ele foi exonerado no mesmo dia em que foi preso.

VAZAMENTOS PREJUDICAVAM INVESTIGAÇÕES

A Polícia Federal afirma que o vazamento de informações comprometia o andamento de investigações em curso. A operação também tem como alvos outros advogados, lobistas, empresários, assessores e até magistrados.

Além da prisão de Thiago, foram determinadas medidas como afastamento de cargos, proibição de contato entre investigados, retenção de passaportes e impedimento de viagens ao exterior.