A Justiça do Tocantins decidiu substituir a prisão preventiva do namorado da influenciadora Maria Karollyny Campos Ferreira, conhecida como Karol Digital. Dhemerson Rezende Costa agora cumprirá medidas cautelares alternativas. A determinação foi proferida nesta sexta-feira, 19, em análise de habeas corpus pela desembargadora Angela Issa Haonat, do Tribunal de Justiça do Tocantins.
ACUSAÇÕES EM APURAÇÃO
Dhemerson estava preso desde agosto de 2025 em uma ação penal que investiga supostos crimes relacionados à exploração de jogos de azar, organização criminosa, lavagem de dinheiro e infrações contra a economia popular. O processo envolve outros investigados, entre eles a Karol Digital.
FUNDAMENTOS DA DECISÃO
Ao analisar o pedido, a magistrada avaliou que o investigado não ocupa posição de liderança nem exerce funções de comando ou planejamento dentro da estrutura descrita na denúncia. A decisão também levou em consideração que os demais réus respondem ao processo em liberdade, inclusive a pessoa apontada como principal articuladora do esquema.
PRINCÍPIO DA ISONOMIA
Outro ponto destacado foi a necessidade de tratamento igualitário entre os acusados, diante da ausência de elementos concretos que justificassem a manutenção da prisão apenas em relação a Dhemerson. A desembargadora também observou que não houve reavaliação substancial da custódia no prazo legal de 90 dias, conforme prevê o Código de Processo Penal.
MEDIDAS CAUTELARES
Com a revogação da prisão preventiva, a Justiça impôs uma série de restrições, como comparecimento periódico em juízo, proibição de contato com outros investigados e testemunhas, limitação de deslocamento, recolhimento domiciliar noturno, uso de tornozeleira eletrônica e vedação de atividades ligadas a jogos de azar e apostas online. Também foi determinada a entrega de passaporte e a proibição de uso ou criação de perfis em redes sociais durante o período das cautelares.
A ação penal segue em tramitação na Justiça estadual.


Com a revogação da prisão preventiva, a Justiça impôs uma série de restrições o investigado. - Crédito: Reprodução


