Uma confusão tomou conta da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (9), quando o deputado Glauber Braga, do PSOL do Rio de Janeiro, foi removido à força da cadeira da Presidência da Casa por policiais legislativos. O parlamentar havia ocupado o assento e se recusava a deixá-lo há mais de duas horas.
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CORTE DE TRANSMISSÃO
A movimentação ocorreu após a TV Câmara interromper a transmissão ao vivo e a imprensa ser retirada do plenário, medida incomum e amplamente criticada por entidades jornalísticas. A retirada dos profissionais ocorreu logo antes da abordagem policial. A queda do sinal às 17h34 levantou questionamentos sobre transparência.
REGISTROS E QUEDAS NA CONFUSÃO
Sem a cobertura oficial, imagens feitas por celulares de parlamentares mostraram a desordem no plenário. Durante o tumulto, a deputada Célia Xakriabá caiu no chão e Sâmia Bomfim tentou impedir a retirada de Braga. O deputado teve o terno rasgado durante a ação.
REBATIDA E CRÍTICAS
Após ser retirado, Braga acusou cerceamento de imprensa e comparou o episódio a protestos realizados por parlamentares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, em agosto, quando a Mesa Diretora foi ocupada por quase dois dias. Ele afirmou que esperava tratamento igualitário da Presidência da Casa.
POSICIONAMENTO DE MOTTA
O presidente da Câmara, Hugo Motta, declarou que a conduta de Braga violou o regimento interno e desrespeitou o Poder Legislativo. Ele disse ter determinado apuração sobre a atuação da segurança, especialmente quanto à retirada da imprensa, e citou que o regimento autoriza interrupções de acesso por questões de segurança.
LINHA DO TEMPO
16h04 – Braga assume a cadeira da Presidência e se nega a deixá-la.
17h34 – TV Câmara interrompe o sinal e o plenário começa a ser esvaziado.
18h08 – O deputado é retirado à força pelos policiais legislativos.






