O afastamento do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), determinado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) na quarta-feira (3), reforça a marca de instabilidade política no Tocantins. Desde 2006, nenhum chefe do Executivo estadual eleito conseguiu concluir os quatro anos de mandato.
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Se a situação se mantiver, em 2026 o estado chegará a duas décadas sem que um único governador finalize o período para o qual foi escolhido nas urnas.
HISTÓRICO DE CRISES
Nos últimos 16 anos, cinco governadores foram alvo de cassações, renúncias ou afastamentos por decisão judicial. A sequência começou em 2009, quando Marcelo Miranda perdeu o mandato por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em 2014, Siqueira Campos renunciou por motivos pessoais, assim como o vice João Oliveira. Quatro anos depois, em 2018, Miranda foi novamente cassado pelo TSE. Já em 2021, Mauro Carlesse deixou o cargo por afastamento do STJ situação que se repete agora com Wanderlei Barbosa.
QUEM JÁ PASSOU PELO PALÁCIO ARAGUAIA
Ao todo, sete nomes diferentes ocuparam o governo do Tocantins nesse período de turbulência:
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2009: Marcelo Miranda e Carlos Gaguim
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2011: Siqueira Campos
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2014: Sandoval Cardoso
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2015: Marcelo Miranda
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2018: Mauro Carlesse
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2021: Wanderlei Barbosa
PRISÕES DE EX-GOVERNADORES
Além das trocas de poder, o estado também registrou episódios de prisões de ex-governadores. Sandoval Cardoso foi preso em 2016, Marcelo Miranda em 2019 e Mauro Carlesse em 2024. Todos respondem aos processos em liberdade.






