O deputado federal Alexandre Guimarães (MDB) participou, nesta quarta-feira (13), da audiência da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara Federal. O encontro recebeu a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Tatiana Prazeres, para debater os impactos e medidas contra o tarifaço imposto pelos Estados Unidos.
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GOVERNO PROMETE REAÇÃO
A secretária garantiu que o governo está trabalhando com empresários para ampliar a lista de exceções à tarifa de 40% aplicada pelo governo norte-americano aos produtos brasileiros. Além disso, busca acelerar parcerias comerciais com outros países.
O tarifaço foi anunciado no dia 30 de julho, somando-se a uma taxação adicional de 10% já definida em abril. Entre as medidas em estudo está a remoção de restrições como a que limita a entrada de determinadas máquinas apenas para o setor aeronáutico.
NOVOS MERCADOS NA MIRA
Para enfrentar o cenário, Tatiana Prazeres defendeu fortalecer o comércio baseado em regras e mencionou acordos do Mercosul com Singapura, União Europeia e a Associação Europeia de Livre Comércio. O governo também negocia acordos sanitários para abrir novas exportações ao Vietnã e à Turquia.
FOCO NA REALIDADE TOCANTINENSE
Durante a audiência, vários parlamentares relataram dificuldades regionais. Alexandre Guimarães destacou o impacto do tarifaço nas exportações de carne, citando os frigoríficos de Araguaína, no Norte do Tocantins.
"Araguaína é hoje a cidade que mais abate carne bovina por dia no Brasil. Conversando com os sindicatos das carnes no Tocantins, o impacto chega a 14% e precisamos criar alternativas", afirmou.
DIVERSIFICAR PARA SOBREVIVER
Guimarães defendeu a diversificação de mercados e alertou contra a dependência comercial de um único país.
“Não podemos mais monopolizar ou romantizar uma bandeira ou um país. Precisamos defender a soberania nacional, garantir a economia dos brasileiros e ampliar nossas relações comerciais para o mundo todo, porque capacidade para isso nós temos”, concluiu.


"Araguaína é hoje a cidade que mais abate carne bovina por dia no Brasil. Conversando com os sindicatos das carnes no Tocantins, o impacto chega a 14% e precisamos criar alternativas", afirmou. - Crédito: Reprodução Instagram 


