O senador Irajá Silvestre (PSD) desistiu do recurso ordinário eleitoral que buscava a cassação dos diplomas do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) e do vice Laurez Moreira (PSD). O processo estava na pauta do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e seria analisado na sexta-feira (12), no plenário virtual.
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A desistência foi comunicada antes do julgamento, mantendo arquivado, por ora, o processo que ainda tramitava desde a disputa pelo Governo do Tocantins em 2022.
DISPUTA ELEITORAL E RUPTURA POLÍTICA
Irajá e Wanderlei estiveram em lados opostos na eleição estadual. O senador ficou em 4º lugar e ingressou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) contra a chapa vencedora por suposto abuso de poder político, acusando o governo de usar a estrutura pública durante a campanha.
Laurez Moreira, que era candidato a vice pelo União Brasil na época, se filiou ao PSD em agosto de 2025. Atualmente, ele enfrenta um racha político com Wanderlei, apesar de terem sido eleitos juntos.
SILÊNCIO APÓS A DESISTÊNCIA
O senador Irajá não se manifestou oficialmente sobre os motivos da desistência. O governador Wanderlei Barbosa também não divulgou nenhum posicionamento sobre o caso.
ENTENDA A AÇÃO APRESENTADA
A AIJE de Irajá denunciava supostas irregularidades cometidas pela chapa de Wanderlei e Laurez durante a campanha, como:
• Participação de agentes públicos;
• Uso da estrutura da Secretaria de Comunicação;
• Propaganda institucional em período proibido;
• Produção e envio de releases pela gestão estadual em benefício da chapa.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) rejeitou o pedido em 2024. Com o recurso de Irajá, o caso seguiu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
PARECER DO MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
A Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) havia dado parecer pelo provimento parcial do recurso, defendendo apenas aplicação de multa. Para a PGE, houve excesso na divulgação de obras e ações do governo, mas o caso não apresentou gravidade suficiente para afetar o resultado do pleito.


O senador Irajá não se manifestou oficialmente sobre os motivos da desistência. - Crédito: Divulgação 


