Durante o pronunciamento, a parlamentar levantou suspeitas sobre contratos de shows pagos pela Secretaria do Turismo. - Crédito: Reprodução
Em discurso nesta terça-feira (19), na tribuna da Assembleia Legislativa do Tocantins, a deputada estadual Janad Valcari (PL) anunciou oficialmente que passa a integrar a oposição ao governo de Wanderlei Barbosa (Republicanos). A decisão, segundo ela, é resultado de “perseguição política, fofocas e achismos” dentro da gestão.
MUDANÇA DE POSTURA
Janad afirmou que, embora nunca tenha sido eleita na base governista, manteve até agora uma postura colaborativa, apoiando projetos e encaminhando denúncias diretamente ao Executivo. Porém, declarou que o cenário mudou: “Agora irei fazer diferente. O que uma oposição tem que fazer: levar para os órgãos competentes”.
DENÚNCIAS DE SUPERFATURAMENTO
Durante o pronunciamento, a parlamentar levantou suspeitas sobre contratos de shows pagos pela Secretaria do Turismo. Citou o caso de um artista que teria recebido R$ 25 mil de uma prefeitura do interior e, pouco tempo depois, mais de R$ 100 mil pelo mesmo show em evento estadual. “A imprensa deveria estar preocupada com artistas que recebem contratos superfaturados e não comigo”, criticou.
RESPOSTA A CRÍTICAS
A deputada também acusou o secretário de comunicação do Estado, Márcio Rocha de orquestrar ataques contra ela em veículos de imprensa bancados pelo Estado.
A deputada também rebateu ataques que teriam sido feitos a seu nome na mídia. Garantiu possuir provas de denúncias, incluindo mensagens enviadas a secretários, e disse estar disposta a apresentar os materiais às autoridades competentes.
VIGILÂNCIA REDOBRADA
Ao encerrar o discurso, Janad reforçou que atuará como oposição com independência. “Meu mandato não pertence ao governador. Pertence a Deus e ao povo. O tempo da diplomacia e da tolerância com erro acabou. Agora é vigilância total”, declarou.
ESTOPIM DO ROMPIMENTO
O afastamento de Janad já vinha sendo ventilado nos bastidores. Tanto ela quanto o vice-governador Laurez Moreira (PDT) relataram influência de “fofocas” e pressões externas dentro do Palácio Araguaia, que teriam acelerado o rompimento político.
