O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou nesta quinta-feira, 23, em Jacarta, capital da Indonésia, que será candidato à reeleição em 2026. A declaração foi feita durante visita oficial ao país, após reunião com o presidente indonésio Prabowo Subianto, no Palácio Merdeka.
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“VOU DISPUTAR”
Durante o discurso, Lula afirmou que mantém o vigor para seguir na política. “Eu quero lhe dizer que eu vou completar 80 anos, mas pode ter certeza de que estou com a mesma energia de quando tinha 30 anos. E vou disputar um quarto mandato no Brasil”, declarou.
A confirmação põe fim a meses de especulações sobre os planos eleitorais do petista e marca o início simbólico de sua campanha à reeleição. Com o anúncio, Lula busca reforçar a imagem de continuidade e estabilidade de seu governo, ao mesmo tempo em que consolida sua presença no cenário internacional.
ACORDOS COM A INDONÉSIA
Durante o encontro, Brasil e Indonésia firmaram acordos de cooperação nas áreas de comércio, defesa, energia renovável e meio ambiente. O Brasil pretende ampliar as exportações de carnes e produtos agrícolas, enquanto o governo indonésio demonstrou interesse em parcerias com a Embraer e em projetos de biocombustíveis.
DEFESA DO MULTILATERALISMO
Lula defendeu maior equilíbrio nas relações comerciais globais. “Nós queremos multilateralismo e não unilateralismo. Queremos democracia comercial e não protecionismo”, afirmou, ao propor o uso de moedas locais nas transações internacionais, sem depender do dólar.
REUNIÃO COM TRUMP
A declaração de Lula ocorre às vésperas de uma possível reunião com Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, durante a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), na Malásia. O encontro deve tratar de temas como tarifas de importação e o papel do dólar nas trocas internacionais.
ELOGIOS DO PRESIDENTE INDONÉSIO
O presidente Prabowo Subianto elogiou a trajetória de Lula e ressaltou a afinidade entre os dois países. “Temos sinergia política, econômica e ambiental. Nossos países defendem a paz, o desenvolvimento sustentável e uma ordem internacional mais justa”, afirmou.
