O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), é o novo relator do habeas corpus impetrado pela defesa do governador afastado do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos). O caso busca reverter o afastamento do gestor e restabelecê-lo no comando do Executivo estadual.
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Nunes Marques substitui o ministro Luís Roberto Barroso, que se aposentou na última sexta-feira (17) e havia decidido pelo não retorno de Wanderlei ao cargo. A movimentação no processo foi registrada nesta segunda-feira (20).
AGRAVO REGIMENTAL SERÁ AVALIADO
Cabará agora a Nunes Marques analisar o agravo regimental interposto pela defesa no último dia 13 de outubro. O recurso tenta reverter a decisão individual de Barroso e levar o caso à apreciação colegiada da 2ª Turma do STF, composta pelos ministros Nunes Marques, André Mendonça, Dias Toffoli e Gilmar Mendes.
AFSTAMENTO DECORRE DE INVESTIGAÇÃO SOBRE DESVIOS
O afastamento de Wanderlei Barbosa foi determinado em 3 de setembro pelo ministro Mauro Campbell Marques, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no âmbito da Operação Fames-19. A investigação apura o suposto desvio de R$ 73 milhões destinados à compra de cestas básicas durante a pandemia de covid-19. O governador nega as acusações.
O Ministério Público Federal (MPF) também se manifestou contra o retorno de Wanderlei ao cargo, argumentando que o afastamento “se mostra necessário” diante das evidências de continuidade dos supostos atos de corrupção.
HISTÓRICO DE RECURSOS
Este é o terceiro movimento judicial da defesa desde o afastamento.
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03/09/2025 – STJ determina o afastamento do governador.
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04/09/2025 – Defesa protocola habeas corpus no STF, distribuído ao ministro Edson Fachin.
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10/09/2025 – Fachin não conhece o pedido.
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29/09/2025 – Caso redistribuído ao ministro Luís Roberto Barroso.
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09/10/2025 – Barroso nega seguimento ao habeas corpus.
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13/10/2025 – Defesa interpõe agravo regimental para levar a decisão à 2ª Turma do STF.
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20/10/2025 – Processo redistribuído a Nunes Marques após aposentadoria de Barroso.


Governador tenta pela terceira vez retornar ao cargo - Crédito: Divulgação 


