Deputado tocantinense pretendia ampliar investigações sobre empréstimos consignados; bolsonarista assume relatoria - Crédito: Hugo BarretoO deputado federal Ricardo Ayres (Republicanos-TO) sofreu um revés nesta quarta-feira (20), com a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, que vai apurar descontos ilegais em aposentadorias e pensões. A oposição venceu a disputa e retirou Ayres da relatoria, colocando a presidência da comissão nas mãos do senador Carlos Viana (Podemos-MG).
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ELEIÇÃO MUDA RUMO DA CPMI
A vitória da oposição aconteceu por 17 votos a 14, superando a indicação de Omar Aziz (PSD-AM), que era apoiado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre e tinha aval do presidente Lula. A articulação foi feita de última hora e garantiu três votos a mais que o governo esperava.
AYRES PLANEJAVA AMPLIAR INVESTIGAÇÃO
Antes da derrota, Ayres se preparava para assumir a relatoria e pretendia incluir nas investigações as irregularidades em empréstimos consignados. Agora, o posto ficará com o deputado Alfredo Gaspar (União-AL), aliado da ala bolsonarista na Câmara.
REAÇÃO DE AYRES APÓS A DECISÃO
Em publicação nas redes sociais, Ayres lamentou a perda da relatoria, mas afirmou que continuará atuando na CPMI para garantir uma investigação ampla.
FRAUDES JÁ SOMAM MAIS DE R$ 6,4 BILHÕES
A CPMI foi criada após a Operação Sem Desconto, da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), que revelou falsificação de assinaturas, uso indevido de dados de beneficiários e criação de entidades de fachada. O esquema causou prejuízo superior a R$ 6,4 bilhões.
DISPUTA POLÍTICA VAI ESQUENTAR NA COMISSÃO
Com Carlos Viana na presidência, a oposição promete concentrar o foco da comissão na atual gestão, enquanto a base governista tentará associar as fraudes a gestões anteriores, especialmente ao governo Bolsonaro.
