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Sem quorum, CCJ não vota convocação de Erenice Guerra e Dilma Rousseff

06 outubro 2010 - 12h51

No primeiro turno de votações da campanha presidencial um dos temas que agitaram a cena foi uma série de denúncias de corrupção envolvendo integrantes da Casa Civil no atual governo. Pedido de investigação das denúncias foi protocolado na Comissão de Constituição Justiça e Cidadania pelo senador Álvaro Dias, do PSDB do Paraná.

A apreciação dos requerimentos de convocação das ex-ministras chefe da Casa Civil Erenice Guerra e Dilma Roussef, que deveria ser feita na manhã desta quarta-feira, 6, foi cancelada segundo o senador Demóstenes Torres, do Democratas de Goiás, presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ), ele não abriu a reunião marcada para a manhã porque não havia parlamentares suficientes na sala. Ele lamentou a obstrução dos aliados do governo classificando como "criminoso" o fato de a base não comparecer à reunião uma vez que o Senado já retornou ao seu trabalho normal após as eleições.

Segundo ele, a obstrução se deu porque o governo teme ser votado o requerimento do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) no qual ele pede a convocação das ex-ministras Dilma Rousseff e Erenice Guerra para esclarecimentos sobre denúncias de tráfico de influência na Casa Civil

Demóstenes esclareceu que, num acordo verbal firmado entre a oposição e os governistas, já estava acertado que o requerimento não seria votado antes das eleições. Em contrapartida, os trabalhos da CCJ seriam retomados. De acordo com o senador, contudo, os aliados do governo Lula não quiseram arriscar e, por isso, impediram a abertura dos trabalhos por falta de quorum

Integrante da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania o senador Eduardo Suplicy, do PT de São Paulo, avalia que estes depoimentos não devem ocorrer logo: “Continuaremos a estar aqui mesmo em dias não deliberativos, mas no que diz respeito, por exemplo, a eventuais convites e convocações de pessoas do âmbito do governo ou que estiveram no governo, elas provavelmente só vão acontecer após a realização do segundo turno”.

A votação em segundo turno para presidente da República, oito estados e o Distrito Federal ocorre em 31 de outubro. (Com informações da Agência Senado)