A Poícia Federal investiga um esquema de desvio de recursos do Fundo Eleitoral durante as eleições de 2022, por meio de empresas de fachada e emissão de notas fiscais falsas. Entre os investigados estão o vereador de Palmas, Rubens Uchôa (União Brasil); o subprefeito da Capital e ex-vereador, Antônio Vieira da Silva Júnior (PSB), conhecido como Júnior Brasão; a ex-candidata a deputada federal Ângela Maria Cruz Borba (Avante); e o empresário Ramon Flaubert Macedo de Oliveira, proprietário do site Jornal Sou de Palmas.
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PRISÃO E INVESTIGAÇÃO SOBRE NOTAS FISCAIS
O vereador Rubens Uchôa, que concorreu a deputado federal em 2022, declarou mais de R$ 2,3 milhões em receitas e teve as contas aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO), com ressalvas. O Ministério Público Eleitoral encaminhou o processo à Superintendência da PF após identificar notas fiscais emitidas por empresas cujos responsáveis estariam inscritos em programas sociais.
Durante o cumprimento dos mandados, Uchôa foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, mas liberado horas depois mediante pagamento de fiança de R$ 5 mil. A defesa afirmou que o parlamentar está à disposição da Justiça e reafirma seu compromisso com a transparência e o devido processo legal.
JÚNIOR BRASÃO
Outro alvo da operação foi o subprefeito de Palmas, Antônio Vieira da Silva Júnior, conhecido como Júnior Brasão (PSB), que também disputou vaga na Assembleia Legislativa em 2022. A defesa informou que ainda não teve acesso completo aos autos, mas que o político está colaborando com as investigações.
Segundo nota divulgada, suas contas de campanha foram aprovadas sem ressalvas pelo TRE-TO, com pareceres favoráveis do Ministério Público Eleitoral e do órgão técnico do tribunal.
EX-CANDIDATA E EMPRESÁRIO INVESTIGADOS
A ex-candidata a deputada federal Ângela Maria Cruz Borba (Avante) também foi alvo da operação. De acordo com a decisão judicial, há indícios de que parte das verbas eleitorais foi desviada por meio de empresas simuladas, criadas para ocultar os verdadeiros beneficiários dos recursos públicos.
O empresário Ramon Flaubert Macedo de Oliveira é apontado como responsável por sites que teriam emitido notas fiscais para candidatos em nome de supostos laranjas. A defesa informou que aguarda acesso integral aos autos para se manifestar.
QUEBRA DE SIGILOS
A operação foi autorizada pelo juiz Marcelo de Ataídes, que atua como juiz das garantias eleitorais em Palmas. A decisão judicial também determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de pessoas e empresas investigadas.
Segundo o documento, há indícios dos crimes de apropriação indébita eleitoral, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
PARTIDOS SE MANIFESTAM SOBRE O CASO
O PSB afirmou que o caso não tem relação com o partido e que a prestação de contas é de responsabilidade individual dos candidatos, acrescentando que as três prestações de contas de seus filiados foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Os partidos União Brasil e Avante não responderam aos contatos da imprensa até o fechamento da matéria.


Júnior Brasão, Rubens Uchôa, Ramon Flaubert e Ângela Borda - Crédito: Divulgação 


