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SENADO FEDERAL

Senado instala CPI do Crime Organizado para investigar facções e milícias

04 novembro 2025 - 08h41Por Da Redação

Será instalada nesta terça-feira (4), às 11h, no Senado Federal, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado. O colegiado vai apurar a estruturação, a expansão e o funcionamento de organizações criminosas no país, com foco na atuação de milícias e facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV).

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O senador Otto Alencar (PSD-BA), de 78 anos, será responsável por conduzir a sessão de instalação, por ser o integrante mais antigo entre os indicados.

RELATORIA 

O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), autor do pedido de criação da CPI, deve ser designado relator dos trabalhos. Segundo apuração da TV Globo, há consenso entre os parlamentares para essa indicação.

Ainda não há definição sobre quem presidirá a comissão. As negociações devem ser concluídas nesta segunda-feira (3), com a chegada dos senadores a Brasília.

ELEIÇÃO DO PRESIDENTE E DO VICE 

De acordo com o regimento do Senado, o presidente e o vice-presidente da CPI são eleitos pelo próprio colegiado. Após a eleição, o presidente escolhe um dos integrantes para exercer a função de relator.

Embora normalmente as definições ocorram por consenso, já houve casos de impasse, como o da CPI do INSS, quando os cargos foram decididos pela maioria dos integrantes.

CRISE NO RIO DE JANEIRO 

O pedido de criação da CPI foi protocolado em 17 de junho, mas a instalação só ganhou força após a crise de segurança pública no Rio de Janeiro. A operação contra o Comando Vermelho, que resultou na morte de 121 pessoas, aumentou a pressão sobre o Congresso.

Na última quarta-feira (29), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), marcou a data de instalação para esta terça-feira.

INDICAÇÕES

Uma das causas da demora na instalação foi a resistência dos partidos em indicar seus representantes, devido à complexidade do tema e à disputa política em torno da CPI.

As primeiras indicações foram confirmadas apenas em 20 de outubro, mais de quatro meses após o pedido ser protocolado. A comissão contará com 11 senadores titulares e 11 suplentes.

A CPI terá prazo de 120 dias para investigar o modo de atuação das facções e milícias, suas estruturas, formas de expansão e a influência em diferentes regiões do país.

“Pelo perfil dos parlamentares indicados, não será uma CPI chapa-branca”, afirmou Alessandro Vieira.