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JUSTIÇA

Ação pede anulação de aumento salarial para prefeito, vereadores e secretários

27 janeiro 2025 - 08h24

O Ministério Público do Tocantins (MP-TO) entrou com uma ação judicial para anular o aumento salarial aprovado para o prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores de Araguatins. A medida, segundo o órgão, pode comprometer as finanças públicas e foi aprovada em período proibido pela legislação, no final da gestão atual.

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VIOLAÇÃO DE LEI 

O promotor Paulo Sérgio Ferreira de Almeida, da 2ª Promotoria de Justiça de Araguatins, assinou a ação na quinta-feira (23). Ele argumenta que a aprovação do reajuste desrespeita a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Constituição Federal e a Constituição Estadual do Tocantins.

A Lei de Responsabilidade Fiscal é clara ao proibir a aprovação de qualquer ato que aumente despesas com pessoal nos 180 dias finais do mandato. Portanto, tal aprovação é considerada nula de pleno direito”, destacou no documento.

DETALHES DO AUMENTO SALARIAL

O reajuste foi aprovado em dois turnos de votação, realizados nos dias 23 e 24 de outubro de 2024. A lei, sancionada em 21 de outubro do mesmo ano, prevê os novos valores para o período de 1º de janeiro de 2025 a 31 de dezembro de 2028. Confira os novos salários:

Cargo Salário 2024 Salário 2025
Prefeito R$ 15.200 R$ 24.000
Vice-prefeito R$ 7.600 R$ 12.000
Secretário Municipal R$ 5.600 R$ 9.000
Vereador R$ 6.656 R$ 9.901,91

IMPACTO NAS FINANÇAS PÚBLICAS

De acordo com o MP, os novos valores representam um aumento de até 60,8% nos gastos com pessoal, gerando um impacto estimado em mais de R$ 4,2 milhões ao longo do mandato 2025-2028. Além disso, a ação questiona a alteração no valor da Cota de Despesas da Atividade Parlamentar (Codap), que passou para R$ 3.200 para gastos com combustível e lubrificantes.

PEDIDO DE ANULAÇÃO E MULTA

O Ministério Público solicitou a anulação da lei que estabelece os novos subsídios e pediu à Justiça que imponha uma multa diária de R$ 500 em caso de descumprimento da decisão. Até o momento, o Tribunal de Justiça não se manifestou sobre o caso.

A Prefeitura de Araguatins e da Câmara de Vereadores ainda não se manifestou sobre esse caso.