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MEDIDA PREVENTIVA

Como implante no coração evita a morte súbita? Especialista explica

19 junho 2021 - 10h44

O implante de um desfibrilador cardíaco, chamado de CDI, serve para conter arritmias e evitar uma morte súbita, segundo explica o médico João Vicente da Silveira, cardiologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Recentemente, o ator Rafael Cardoso, 35, precisou passar pelo procedimento por ser portador de uma miocardiopatia hipertrófica, que causou fibrose no músculo do seu coração.

“O ator tem uma doença congênita, que predispõe uma arritmia chamada de taquicardia ventricular, que pode ser fatal porque fica incessante. O desfibrilador, automaticamente, detecta a arritmia, dá o choque e acaba com ela, fazendo com que o coração volte ao ritmo normal”, explica o médico. 

O jogador dinamarquês Christian Eriksen, 29, que sofreu um mal súbito durante uma partida de futebol, também precisou fazer o implante do desfibrilador cardíaco. “Toda vez que um paciente é recuperado de morte súbita, é preciso colocar o aparelho porque ele tem a chance de ter de novo uma arritmia e morrer. É uma medida preventiva”, afirma o especialista. 

Além da miocardiopatia hipertrófica e dos casos em que ocorre morte súbita, o implante do CDI pode ser necessário para pessoas diagnosticadas com doença de chagas, insuficiência coronariana e em pacientes que tiveram infarto.

“A pessoa que teve um infarto e o coração ficou grande, pode desencadear uma arritmia que não melhora com os medicamentos, então esse paciente acaba tendo a possibilidade de ter uma arritmia muito grande e o aparelho vai conter isso”, explica o cardiologista. 

Segundo o especialista, a cirurgia para o implante do desfibrilador é simples e a recuperação é rápida. Após o procedimento, o paciente fica um dia na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para monitorar alguma intercorrência, depois passa um dia em observação e, no terceiro dia, já recebe alta.

“O aparelho é colocado debaixo da pele e, por um pequeno fio, liga os eletrodos dentro do coração. Quando é acionado, em casos de arritmia, o paciente sente que levou um choque, mas é uma coisa muito simples. Alguns choques são imperceptíveis, pois não é na mesma intensidade daquele desfibrilador que vemos nos filmes”, afirma o cardiologista.

No caso de um desfibrilador externo, o médico explica que a carga precisa de uma intensidade maior pois precisar atravessar a pele e os ossos, até chegar no coração. “No caso do CDI, ele já está dentro do coração, é o fiozinho que dá o choque, então a carga é pequenininha”, explica.

O especialista recomenda que pessoas que tenham o hábito de praticar esportes, como futebol ou corridas, passem por uma avaliação médica para avaliar o risco de problemas cardíacos.

É necessário para detectar problemas ocultos de origem congênita, a anomalia da artéria coronária também é uma causa de arritmia e morte súbita. Então, se você quer fazer uma atividade física, antes faça uma avaliação completa com um cardiologista”, orienta o médico. 

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