NO OLHO DO FURACÃO

Investigação que apura fraude na Câmara pode complicar a vida de Marcus Marcelo e Gipão

14 FEV 2025 • POR Da Redação • 11h35

A investigação Finta Carozza, que apura um suposto esquema de fraude em licitação e desvio de recursos públicos na Câmara Municipal de Araguaína pode complicar a vida de três ex-gestores que presidiram a casa de Leis no período que compreende os fatos investigados. Sendo eles os deputados estaduais eleitos pelo PL: Marcus Marcelo e Gipão, bem como o ex-vereador Ferreirinha. Até agora Gipão foi o único ex-gestor que não se manifestou sobre a operação.

ENTENDA O CASO

A investigação aponta que, entre 2016 e 2020, foram firmados contratos suspeitos para locação de veículos, totalizando R$ 3.351.540,92 em repasses para uma empresa cujo capital social seria incompatível com os valores licitados. Segundo o MPTO, os contratos podem ter sido superfaturados em até 30%, e há indícios de que os recursos desviados foram movimentados entre empresas do mesmo grupo econômico e repassados a vereadores, assessores, familiares e outros agentes públicos. (Leia a matéria na íntegra). 

QUEBRA DE SIGILO

A quebra de sigilo bancário e fiscal revelou movimentações financeiras atípicas, incluindo transferências bancárias suspeitas entre os investigados e suas empresas. O MPTO aponta que o dinheiro pode ter sido ocultado por meio de um esquema de lavagem de dinheiro, utilizando contas bancárias de empresas e pessoas físicas.

Durante as buscas, foram apreendidos documentos, dinheiro em espécie e equipamentos eletrônicos, como celulares, tablets, notebooks e computadores, que servirão para reforçar as investigações.

EX-GESTORES 

No período que está relacionado aos fatos investigados, três gestores passaram pela presidência da Câmara, sendo eles: 

 O QUE DIZ MARCUS MARCELO?

Em nota encaminhada ao Portal O Norte, o agora deputado estadual, afirmou que até o momento "não teve acesso à investigação, que confia na lisura e na imparcialidade da Justiça do Tocantins e está à disposição dos órgãos de fiscalização."

O parlamentar acrescentou ainda que todas as suas prestações de conta foram aprovadas pelo TCE-TO (Tribunal de Contas do Estado do Tocantins).

O QUE DIZ FERREIRINHA

Por telefone, o ex-vereador Ferreirinha declarou que período de quatro meses como Presidente da casa em função do afastamento do presidente Marcus Marcelo, apenas efetuou pagamentos das despesas referentes a contratos firmados anteriormente e acrescentou que o único documento assinado por ele no período em que esteve à frente da Câmara foi um termo de responsabilidade pelo uso do veículo.

Ferreirinha permaneceu na cadeira da presidência de setembro a dezembro de 2018.

GIPÃO

Gipão também foi procurado pela nossa redação mas ainda não se manifestou sobre o caso. O espaço continua aberto. 

PRÓXIMOS PASSOS

O MPTO seguirá analisando o material apreendido para aprofundar as investigações e identificar todos os envolvidos. Até o momento, os nomes dos investigados não foram divulgados.