Araguaína está entre os 906 municípios brasileiros mais afetados pela nova tarifa imposta pelos Estados Unidos sobre produtos importados do Brasil. A sobretaxa, em vigor desde esta quarta-feira (6), adiciona 40% aos 10% já cobrados, elevando para 50% o custo final dos produtos brasileiros no mercado norte-americano.
Em 2024, a cidade exportou aproximadamente US$ 67,6 milhões para os EUA, sendo US$ 52,9 milhões em carnes e miudezas comestíveis, US$ 14,5 milhões em produtos derivados de amidos, colas e enzimas, e cerca de US$ 170 mil em gorduras e óleos animais ou vegetais. O novo imposto pode reduzir a competitividade da carne tocantinense e forçar os exportadores a buscar novos destinos para compensar eventuais perdas.
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OUTROS MUNICÍPIOS
Além de Araguaína, Nova Olinda e Palmas também aparecem na lista dos municípios impactados. Nova Olinda exportou, em 2024, US$ 167 mil em carnes e miudezas para o mercado norte-americano. Já Palmas registrou valores menores, com destaque para café, chá, mate e especiarias (US$ 5,3 mil) e peças mecânicas (US$ 310).
NOVOS MERCADOS
O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) está em Brasília negociando alternativas para reduzir os prejuízos do tarifaço, incluindo a abertura de mercados no Japão e no Sudeste Asiático, considerados potenciais substitutos para as exportações tocantinenses. Atualmente, apenas 9% da carne bovina do estado é destinada aos EUA.
ARAGUAÍNA
Segundo a Prefeitura de Araguaína, em 2024 a cidade enviou 10 mil toneladas de carne bovina para o mercado norte-americano, ocupando a 6ª posição no ranking nacional de exportações do setor. Entre janeiro e maio de 2025, foram comercializadas 4.638 toneladas.
Parte da arrecadação do ICMS proveniente dessas vendas retorna ao município, e a queda na demanda pode comprometer o orçamento de 2025. A administração municipal afirmou acompanhar com preocupação os impactos econômicos da nova tarifa.


Município exportou cerca de US$ 67,6 milhões aos Estados Unidos em 2024, valor agora diretamente afetado pela nova tarifa de 50% imposta pelo governo norte americano - Crédito: Divulgação 


