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REVIRAVOLTA

Depois de falir, empreendedor funda startup e fatura R$ 1 milhão

14 agosto 2021 - 10h33Por Revista Pegn

O paulistano Luiz Henrique Aquino, 34 anos, já teve algumas experiências com empreendedorismo. A primeira foi em 2012, quando saiu de seu emprego no banco para criar uma empresa de reciclagem de produtos eletroeletrônicos. O negócio faliu em 2015 e ele abriu uma loja especializada em fazer a recolocação dos mesmos tipos de itens no mercado — que deu certo e foi vendida posteriormente. 

O aprendizado nos negócios foi fundamental para ele fundar, em 2017, a TAG2U, startup de revenda de móveis e eletroeletrônicos usados que faturou R$ 1 milhão em 2020. A empresa coleta os objetos de residências e escritórios, armazena-os em seu depósito e faz a venda por meio de sua plataforma online. O dono dos móveis pode fazer tanto a venda direta à TAG2U quanto a consignada, com pagamento de comissão de 50%. Laura Assano Goto, esposa de Aquino, também gerencia a empresa com o cargo de head de gente e gestão, sendo responsável pelo time.

Segundo Aquino, mesmo nas experiências anteriores, ele já queria promover um consumo mais consciente. “Sempre olhei para a circularidade porque senti que, em algum momento, a sustentabilidade seria o foco do mercado”, afirma. “O que deu errado, especialmente no primeiro negócio, foi a falta de maturidade. Eu achei que ter um MBA seria conhecimento suficiente para construir e gerenciar uma empresa, mas vi que a teoria e a prática diferem bastante. Não tive nenhum tipo de mentoria na época.”

A ideia de fundar a TAG2U surgiu justamente em um momento desafiador do segundo negócio, quando o empreendedor precisou fechar duas das três lojas. “Foi uma grande dificuldade vender o mobiliário para desocupar o espaço. A partir dessa dor, surgiu o insight para a TAG2U”, diz Aquino. Hoje, o principal diferencial que a startup oferece é justamente a desocupação do local. 

O empreendedor também passou a olhar para outro serviço que tinha potencial — as obras. “Os nossos clientes que vendem os móveis acabam tendo a necessidade de pintura ou outra intervenção antes de entregar o imóvel”, afirma Aquino. A empresa está validando a prestação do serviço de obras há seis meses.

Atualmente, a TAG2U tem foco em espaços inteiros que precisam ser desocupados, mas a meta é expandir, ainda no segundo sementre de 2021, para pessoas que querem vender apenas um móvel. O objetivo é que a empresa dobre de tamanho neste ano — o crescimento foi de 300% em 2020. 

Por enquanto, a startup atende toda a Grande São Paulo e a expectativa é expandir para fora do Estado a partir do ano que vem.