O conselho de administração da Petrobras aprovou, na noite desta quinta-feira (7), o retorno ao mercado de distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido popularmente como gás de cozinha ou botijão.
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SAÍDA E RETORNO AO MERCADO DE GÁS
A estatal havia abandonado o setor durante o governo Bolsonaro (2019-2022). Em 2020, a Petrobras vendeu a Liquigás, sua subsidiária de distribuição, para dois grupos privados: Copagaz e Nacional Gás Butano.
Até o momento, a Petrobras não detalhou como será feita a volta ao mercado, nem se haverá venda direta do gás para o consumidor final.
PRESSÃO DO GOVERNO
A decisão ocorre em meio à pressão do governo federal, principal acionista da estatal, preocupado com o preço elevado do botijão. Em maio, o presidente Lula criticou publicamente os preços, que chegam a mais de R$ 100 para as famílias, apesar do valor cobrado pela Petrobras ser bem menor.
OUTRAS ÁREAS
A Petrobras não anunciou retorno à venda direta de gasolina, que foi vendida para a Vibra Energia, mantendo uma licença para uso da marca BR até 2029, mas sem concorrência direta. A estatal já manifestou intenção de não renovar essa licença após esse período.
RESULTADOS FINANCEIROS
No mesmo dia, a Petrobras divulgou lucro líquido de R$ 26,7 bilhões no segundo trimestre de 2025, valor 24,3% menor que o trimestre anterior, mas superior ao prejuízo do mesmo período em 2024. A empresa anunciou a distribuição de R$ 8,66 bilhões em dividendos para acionistas, sendo cerca de 29% para o governo federal.


No governo anterior, empresa abriu mão do negócio - Crédito: Caetano Barreira


