O Sindicato dos Policiais Penais do Tocantins (SINDIPPEN-TO) afirmou nesta semana que o Governo do Estado não cumpriu o acordo firmado para reajustar valores de indenizações e plantões extras realizados durante as folgas. O pagamento atualizado deveria ter começado em julho, mas não ocorreu.
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PROPOSTA REDUZIDA
Segundo a entidade, a categoria concordou com um modelo de reajuste mais modesto do que o ideal, que seria proporcional às horas trabalhadas e incluiria adicionais noturnos, de finais de semana e feriados, como já ocorre em outras carreiras. A decisão de aceitar a proposta teria sido para viabilizar o acordo dentro da realidade orçamentária apresentada pelo Executivo.
PONTOS PRINCIPAIS DO ACORDO
Entre as medidas previstas estão:
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Indenização permanente de R$ 1.200 para policiais que atuam em unidades prisionais (antes R$ 800, variável e sujeita a renovação anual).
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Indenização de R$ 700 para policiais em áreas administrativas (antes R$ 500).
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Plantões pagos a 6% do salário, percentual abaixo do pedido inicial, mas considerado satisfatório.
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Auxílio-doença garantido para policiais afastados por licença médica.
PROTESTO FOI CENSURADO
Como forma de protesto pacífico, o sindicato lançou uma campanha de outdoors em Palmas para informar a população e pressionar o governo. Porém, em menos de quatro dias, a empresa responsável pelos painéis cancelou o contrato, alegando ter sofrido pressão direta de agentes públicos.
ACUSAÇÃO DE INTERFERÊNCIA
De acordo com o SINDIPPEN-TO, áudios e mensagens trocadas com a empresa confirmam a interferência. Em uma das gravações, uma pessoa afirma: “Vamos ter que tirar aquele outdoor… já atingiu o que vocês queriam que atingisse, porque vai dar problema…”.
A entidade classificou a ação como ataque à liberdade de expressão e disse que segue aberta ao diálogo, mas já articula nova mobilização diante da falta de resposta do governo.


Acordo foi firmado durante mobilização realizada pelos policiais penais em abril deste ano - Crédito: Divulgação 


