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NO TOCANTINS

Secretário de saúde confirma investigação de mais casos de varíola dos macacos

02 agosto 2022 - 12h12Por G1 Tocantins

O secretário de saúde do Tocantins, Afonso Piva, confirmou nesta terça-feira (2) que há mais um caso suspeito de varíola dos macacos no estado e outros quatro sendo investigados. A primeira confirmação da doença no estado aconteceu há uma semana.

"Estamos fazendo estratégias para conter isso com os protocolos, mas a população tem que ficar atenta e observar os sintomas e caso ocorrer procurar a unidade básica de saúde", disse durante entrevista à TV Anhanguera.

Onde estão os casos

O caso considerado suspeito é de um morador de Colinas do Tocantins, no norte do estado. Ele está em isolamento, fez o teste para a doença e aguarda o resultado. O homem não tem histórico de viagem e os parentes não apresentaram sintomas.

Os outros quatros casos são investigados, mas não são considerados suspeitos pela SES. Segundo o secretário, as pessoas têm sintomas, procuraram a unidade de saúde, mas estão fazendo uma avaliação para realizarem o teste.

Estas pessoas são de Palmas, Gurupi, Porto Nacional e Lagoa do Tocantins.

"Não são considerados suspeitos porque o paciente entrou em contato com a unidade básica de saúde, que vai olhar os sintomas junto com a secretaria. Se for constatado que são sintomas suspeitos, vai fazer o teste e fica como suspeito até aguardar o resultado da amostra", explicou o secretário.

O exame que detecta a doença não é feito no Tocantins. As amostras são coletadas e enviadas para um laboratório que é referência da doença em Minas Gerais.

Plano de contingência

O plano de contingência para o vírus Monkeypox foi divulgado nesta segunda-feira (1°) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Foi definido que os atendimentos devem começar na rede de saúde municipal. Dependendo da gravidade os pacientes serão encaminhados para os hospitais estaduais.

Veja o plano de contingenciamento.

O primeiro caso da doença no Tocantins foi confirmado no dia 25 de julho. O paciente era um homem de 32 anos, morador de Nazaré, com histórico de viagem para o estado de São Paulo. Ele apresentou os sintomas, cumpriu isolamento e recebeu alta médica no dia 26 de julho, após refazer exames e não identificar mais o vírus em seu corpo.

Unidades referência

O plano de contingência para o vírus definiu hospitais que serão referência para casos leves, moderados e graves.

Com a suspeita da doença, os pacientes devem procurar primeiro a atenção primária, que são os postos de saúde municipais e Unidades de Pronto Atendimento (UPA). A depender da gravidade, serão encaminhados aos hospitais estaduais.

Isolamento

Caso o paciente não precise de internação e esteja com suspeita da doença, deve cumprir imediatamente 21 dias de isolamento. Ele passará por exames para confirmação e o isolamento só poderá acabar após o desaparecimento completo das lesões. O paciente deve ser acompanhado em relação a sinais e sintomas, devendo ser referenciado para atendimento especializado no caso de complicações.

Pessoas que tiveram contato com pacientes suspeitos ou confirmados devem passar por acompanhamento, mas não há necessidade de isolamento dos contatos assintomáticos.

Entre os tipos de complicações para internação estão:

  • infecções secundárias;
  • lesões cutâneas permanentes;
  • perda de fluidos por exudação;
  • lesões dolorosas em mucosas;
  • odinofagia (dor ao engolir);
  • disfagia (dificuldade de engolir);
  • sangramento retal;
  • dor anal;
  • redução da acuidade visual e outros problemas oculares
  • broncopneumonia;
  • insuficiência respiratória.

Cuidados contra o Monkeypox

O plano de contingência estadual ainda alerta a todos quanto à prevenção da varíola dos macacos e cuidados ao lidar com pacientes suspeitos.

Como a forma de transmissão é através do contato com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas, objetos recentemente contaminados ou fluidos corporais, a orientação é para o uso de equipamentos de proteção e ainda higienização. Além disso, manter o distanciamento também pode evitar o contato com gotículas de pessoas infectadas.

Nas unidades de saúde, os trabalhadores devem estabelecer uma barreira física, cobrir qualquer lesão de pele, higienizar adequadamente as mãos, com água e sabão ou álcool gel, e usar máscara. Também é necessário o uso de máscara, óculos, luvas e avental, além da higienização das mãos regularmente.

As notificações de casos suspeitos devem deverão passar pela Vigilância Epidemiológica do Município e do estado, que passará aos órgãos federais.