Para atuarem no SUS, os médicos selecionados contam com 16 cursos de aprimoramento em áreas como cirurgia, ginecologia, anestesiologia e otorrinolaringologia - Crédito: Rafael NascimentoO Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (29) a seleção de 501 médicos especialistas que irão atuar em 212 municípios de todos os estados e do Distrito Federal por meio do programa Agora Tem Especialistas. A iniciativa busca ampliar a rede de atenção especializada do Sistema Único de Saúde (SUS), levando atendimento a regiões com carência desses profissionais.
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TOCANTINS RECEBERÁ TRÊS MÉDICOS
No Norte do país, 66 médicos foram distribuídos entre os sete estados. O Tocantins terá três especialistas atuando em Araguaína, Paraíso do Tocantins e Augustinópolis. O Pará foi o estado da região com o maior número de contemplados, com 27 profissionais.
INTERIOR E ÁREAS VULNERÁVEIS SÃO PRIORIDADE
Segundo o Ministério da Saúde, 67% dos selecionados reforçarão o atendimento no interior, em áreas como cirurgia geral, ginecologia, anestesiologia e otorrinolaringologia. Entre os locais de atuação, 25,7% estão em áreas classificadas como de alta ou muito alta vulnerabilidade, 20% na Amazônia Legal e 9% em regiões de fronteira.
O programa tem como objetivo reduzir deslocamentos de pacientes para capitais e grandes centros, além de ampliar a oferta de cirurgias, consultas e exames especializados.
PRIMEIRA CHAMADA DE MÉDICOS ESPECIALISTAS
Esta é a primeira vez que o programa seleciona profissionais já especializados para atuar na rede pública. Com experiência média de 12 anos, eles serão distribuídos em 258 hospitais, policlínicas, centros de diagnóstico e outras unidades do SUS.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou o impacto da medida:
“Precisamos de iniciativas ousadas como o Mais Médicos Especialistas, que vai reduzir o tempo de espera da população e garantir o atendimento especializado no SUS. Estados e municípios terão suprida a necessidade de profissionais e a rede pública será fortalecida”, disse.
PERFIL E CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS
Dos 501 médicos selecionados:
131 trabalharam apenas na rede privada e agora atenderão pelo SUS;
75% atuarão em hospitais públicos;
18% em ambulatórios para consultas e exames;
O restante em unidades de apoio diagnóstico e terapêutico.
Os profissionais receberão bolsa-formação de até R$ 20 mil, definida conforme a vulnerabilidade da região. Também terão acesso a 16 cursos de capacitação prática, em parceria com hospitais da Rede Ebserh e do Proadi-SUS.
EXPANSÃO E IMPACTO PREVISTO
O programa recebeu 993 inscrições, e 400 médicos não selecionados ficaram em lista de espera para futuras chamadas. A meta é aproximar os indicadores de especialistas do SUS da média nacional, atualmente de 184 profissionais por 100 mil habitantes.
Casos como o de Patos (PB), onde oito médicos reduzirão em até 400 km o deslocamento de pacientes que antes precisavam ir a João Pessoa, ilustram o impacto esperado da medida.
