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OPERAÇÃO ALLIGATOR

Criminoso que atacou mais de 20 caixas eletrônicos com "técnica silenciosa" é preso no Tocantins

18 agosto 2021 - 08h28

A Polícia Civil, por meio da Divisão Estadual de Repressão ao Crime Organizado (DEIC de Palmas), deflagrou na manhã desta quarta-feira, 18, a operação “Alligator”, que teve como objetivo capturar um homem responsável por mais de 20 ataques a caixas eletrônicos no Tocantins, Goiás e Maranhão. O homem foi preso em Pequizeiro, durante a ação também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Delta (MG) e Goiânia (GO), em residências de pessoas ligadas ao criminoso que são suspeitas de lavagem de dinheiro.

Com o suspeito a polícia encontrou todo o material que usado, para prática do crime, como réguas, fita adesiva, cola, vários envelopes de depósito bancário, além de uma quantia em dinheiro. O suspeito foi preso e encaminhado a Casa de Prisão Provisória de Guaraí.

Entenda o crime 

No Tocantins, a investigação da DEIC de Palmas se iniciou no mês de maio deste ano, a partir da primeira ação do criminoso realizada em Araguaína. Na ocasião, o delinquente se dirigiu até agência bancária e com auxílio de uma espécie de régua com adesivo na ponta subtraiu do interior dos caixas eletrônicos 10 envelopes contendo dinheiro e cheques. A técnica é conhecida no meio criminoso como “Pescaria” e "Boca de Jacaré”.

Com a investigação iniciada, o indivíduo seguiu em uma sequência de mais 12 ações criminosas no Estado durante os meses de junho, julho e agosto. No dia 23 de maio, o homem atacou uma agência de um banco, em Palmas. No dia 13 de junho cometeu o mesmo crime em Guaraí. Nos dias 19 e 20 de junho, o criminoso atacou em sequência, quatro agências bancárias de duas diferentes instituições financeiras na capital tocantinense. 

Em julho o suspeito voltou para Araguaína e cometeu o mesmo crime. Findando a sequência de ataques no Tocantins, no dia 10 de agosto. Durante esse mesmo período o criminoso também atuou em duas oportunidades na cidade de Imperatriz do Maranhão. Em 2020, o mesmo criminoso atuou nos Estado de Goiás em pelo menos sete ataques contra agências bancárias. 

Segundo o coordenador da operação, o delegado Eduardo Menezes, da DEIC-Palmas, nesse modelo de atuação, o criminoso se dirige até o caixa eletrônico do banco, simulando a realização de um depósito, para que a passagem destinada à inserção do envelope se abra. “Nesse momento é inserido um objeto em forma de régua com uma fita adesiva afixada em sua extremidade, a cola constante na fita, em contato com envelope de papel, faz com que o mesmo grude na régua, possibilitando, assim, que o marginal possa retirar um a um, do interior do terminal. Merece destaque a perspicácia do investigado no que se refere aos dias e horário escolhidos para os atentados. Conforme se infere do exame de todos os boletins de ocorrências registrados, os dias da semana sempre são o domingo e a segunda-feira, logo ao amanhecer”, explicou.

A opção pelo domingo e segunda-feira se justifica pelo fato de, nesses dias, o caixa eletrônico se encontra com uma maior quantidade de envelopes aguardando a conferência e posterior compensação financeira por parte do banco somente na segunda-feira. Além da pouca movimentação de clientes durante o período.

Equipe da Deic coordenada pelo Delegado Eduardo Menezes - Foto: Luiz de Castro - Dicom SSPTO