O ex-governador do Tocantins Marcelo Miranda (MDB), vai continuar preso em Palmas. Ele teve seu pedido de Habeas Corpus negado no incío da noite desta terça-feira (08), pelo ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A medida de liminar foi publicada às 19h28. Conforme o sistema do STJ, a decisão completa só deve ser publicada nesta quinta-feira (10), mas a informação do indeferimento do pedido já está disponível no sistema de consulta processual.
Esta é a terceira instância da Justiça a rejeitar um pedido para que o ex-governador responda ao processo da operação 12º Trabalho, da Polícia Federal, em liberdade. Nas instâncias inferiores, o entendimento foi de que ele poderia atrapalhar as investigações caso fosse solto. Em suas alegações, a defesa do político tem sustentado que além dos fatos investigados da operação serem antigos, Marcelo Miranda não apresenta risco à sociedade.
Desde o dia 26 de setebro, o ex-governador está preso numa sala do Estado Maior no Quartel de Comando Geral da Polícia Militar na capital. Quem também continua preso é o irmão do líder político, José Edmar Brito Miranda Júnior que está em uma cela para presos com diploma de nível superior na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP). Já o pai de Marcelo, José Edmar Brito Miranda, que também é alvo das investigações, está respondendo em liberdade desde o dia 27 de setembro quando pagou uma fiança de 200 salários mínimos.
Apontado como laranja e testa de ferro dos Miranda de acordo com as investigações, o primo do ex-gestor, Luciano de Carvalho Rocha, que também foi preso, teve liberdade concedida após o fim do prazo de prisão temporária na última segunda-feira (7).
Pai e irmãos e primo são apontados pelo Ministério Público Federal (MPF), como responsáveis por um esquema criminoso que teria desviado cerca de R$ 300 milhões dos cofres públicos do Tocantins.
Governador por três mandatos, Marcelo Miranda foi cassado antes de competar dois deles.