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Ex-PM suspeito de matar advogado de Araguaína foge de batalhão onde estava preso

06 outubro 2019 - 21h36Por G1 Tocantins

O ex-policial militar do Pará Wanderson Silva de Souza, suspeito de participar do assassinato do advogado Danilo Sandes em Araguaína, fugiu do 1º Batalhão da Polícia Militar em Palmas, onde estava preso desde setembro de 2017. A PM confirmou a fuga registrada na tarde deste sábado (5), mas não informou como o preso conseguiu escapar. Disse que o caso está sendo apurado.

A Polícia Militar disse, em nota, que equipes do Comando de Policiamento Especializado estão realizando buscas na tentativa de recapturar Souza. Os trabalhos contam com o auxílio do helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas.

O ex-policial militar, bem como o os policiais Rone Marcelo Alves Paiva e João Oliveira, suspeitos de praticar o assassinato, foram transferidos para Palmas em setembro de 2017 porque em Araguaína não tinham vagas nos batalhões da PM.

Os três haviam sido presos em Marabá (PA), no dia 21 de setembro daquele ano em cumprimento a mandados de prisão.

O advogado foi morto no final de julho de 2017 por causa de uma disputa por uma herança no valor de R$ 7 milhões. A morte da vítima teria sido encomendada pelo farmacêutico Robson Barbosa da Costa, de 32 anos, segundo apontaram as investigações da PM. Ele era cliente do advogado e parte em uma ação ação de inventário.

Indiciados

Em novembro de 2017, os suspeitos do assassinato foram indiciados pela Polícia Civil por homicídio triplamente qualificado. O farmacêutico Robson Barbosa é apontado como mandante e os policiais militares Rone Marcelo e João Oliveira e o ex-PM Wanderson Silva de Souza teriam executado o crime.

Os investigadores acreditam que Robson tenha decidido matar Danilo após ele se recusar a participar de uma fraude. Danillo representava Robson na disputa por uma herança de R$ 7 milhões e não quis ajudar o farmacêutico a esconder parte do dinheiro dos outros herdeiros.

O Ministério Público Estadual concordou com a conclusão da Polícia Civil e na época pediu à Justiça que os suspeitos tivessem a prisão preventiva decretada, aquele que não tem prazo para terminar. Eles já estavam presos, mas no sistema de prisão temporária.

O caso

Os investigadores afirmam que o farmacêutico se revoltou quando o advogado não aceitou participar de um esquema para ocultar bens. Danilo Sandes era responsável por fazer o inventário para toda a família, mas após a discussão deixou de representar Robson. Ao todo, seis pessoas disputam a herança.

Danilo desapareceu na manhã do dia 25 de julho de 2017. O amigo do advogado, José Ribamar Júnior, disse que ele foi visto pela última vez em um supermercado. "Ele deixou a mãe dele numa agência bancária, onde ela trabalha, e depois foi tomar café em um supermercado. Por volta das 9h, ele falou com a prima por telefone e disse que iria para Filadélfia, provavelmente resolver alguma questão ligada a um processo".

O advogado foi procurado durante quatro dias. O corpo dele foi encontrado no dia 29 às margens da TO-222, em decomposição. Ele estava apenas de cueca, com marcas de lesões, sangue e fogo, a 18 km de Araguaína, perto de entroncamento com Babaçulândia. A perícia recolheu um par de sapatos encontrado no local.

O delegado responsável pela investigação, Rerisson Macedo, disse que ele foi morto com dois disparos de arma de fogo.