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EXAMES TOXICOLÓGICOS

Laboratórios e autoescolas são investigados por fraude na emissão de CNHs no Tocantins

05 julho 2021 - 08h45

Uma ação conjunta entre a Polícia Civil e Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual cumpre nesta manhã de segunda-feira (05), 19 mandados de busca em Palmas e São Paulo numa operação para combater  supostas fraudes em exames toxicológicos para motoristas. A suspeita é de que o grupo criminoso realizava testes falsos para encobrir o uso de drogas por caminhoneiros na hora de emitir a carteira de habilitação.

No Tocantins, dois laboratórios da capital, autoescolas de Palmas e Aparecida do Rio Negro além dos endereços dos donos destes centros de formação estão sendo alvos da operação que também cumpre mandados em São Paulo. 

Entenda

Para obtenção de carteira nacional de habilitação nas categorias C, D, E. O, os motoristas precisam atender a exigência de apresentar exames toxicológicos que identifica a presença de substancias psicoativas no organismo, como as drogas usadas por alguns caminheiros para conseguir dirigir de forma ininterrupta. O teste em questão, pode detectar o que foi consumido pela pessoa nos últimos 90 dias.

Conforme apurado pela investigação, um laboratório em Palmas recebia amostras falsas e livres de drogas para beneficiar os motoristas. As amostras eram coletadas em cidades do interior do Tocantins por uma funcionária.

A mulher supostamente atuava em conjunto com os donos de autoescola. Os investigadores identificaram que esses centros de formação até pagavam hotel para caravanas de motoristas de outros estados que vinham fazer a habilitação no Tocantins com o exame toxicológico fraudado.

O valor de um exame desse tipo é em torno de R$ 150, mas nesse esquema o preço subia para R$ 600. A suspeita é de que o serviço era contratado por motoristas que geralmente usam rebite e drogas ilícitas nas rodovias.

*Com informações do G1