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ESQUEMA CRIMINOSO

Pai e irmão de Marcelo Miranda também foram presos em operação da PF

26 setembro 2019 - 10h31Por G1 TO

O pai do ex-governador Marcelo Miranda (MDB), José Edmar Brito Miranda, de 85 anos, foi preso em um apartamento em Palmas. Ele é um dos alvos da operação 12º Trabalho, que está sendo realizada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (26). O irmão do político, José Edmar Brito Miranda Júnior, também teve a prisão decretada e foi encontrado em Santana do Araguaia (PA).

O advogado que representa a família Miranda informou que "a princípio não há fatos que justifiquem os pedidos de prisão", mas vai se posicionar somente após ter acesso à decisão.

A operação 12º Trabalho, que levou à prisão do ex-governador Marcelo Miranda (MDB) em Brasília (DF), foi resultado de um trabalho conjunto entre o Ministério Público Federal e a Receita Federal. A ação busca cumprir 11 mandados de busca e apreensão, além das três prisões preventivas. Os prejuízos estimados são de mais de R$ 300 milhões.

De acordo com a Polícia Federal, a ação busca apurar um esquema para a prática constante e reiterada de atos de corrupção, peculato, fraudes em licitações, desvios de recursos públicos, recebimento de vantagens indevidas, falsificação de documentos e lavagem de capitais, sempre com o objetivo de acumular riquezas em detrimento aos cofres públicos.

São 70 policiais cumprindo os mandados expedidos pela 4ª Vara da Justiça Federal nas cidades de Palmas, Tocantínia, Tupirama e Araguaína, além de Goiânia (GO), Santana do Araguaia (PA), Sapucaia (PA) e São Felix do Xingu (PA).

Ainda conforme a PF, após a investigação da família de Marcelo Miranda nas operações Reis do Gado (2016), Marcapasso (2017), Pontes de Papel (2017), Convergência (2017) e até na operação Lava-jato, constatou-se que o núcleo familiar sempre esteve no centro das investigações com poderes suficientes para aparelhar o estado, mediante a ocupação de cargos comissionados estratégicos para a atuação da organização criminosa.

Convergência (2017): Miranda foi indiciado em ação sobre fraude em contratos para construção de rodovias.

Lava Jato: um delator da Odebrecht disse que Miranda recebeu R$ 1 milhão para campanha em 2014.

Em 2019, o ex-governador também foi indiciado pela Polícia Civil em um inquérito que apura a existência de servidores fantasmas no governo do Tocantins.