A Polícia Federal (PF) iniciou nesta quarta-feira (4), a "Operação Mensageiro", que visa desarticular um grupo suspeito de invadir o sistema da Caixa Econômica Federal e realizar fraudes para receber o seguro-desemprego ilegalmente.
De acordo com as investigações, através do sistema, o grupo criminoso alterava o endereço de cidadãos que estavam recebendo regularmente o seguro-desemprego. Depois solicitavam um novo "Cartão Cidadão" que era enviado para o endereço cadastrado pelo grupo.
Novas senhas em casas lotéricas eram cadastradas e saques do seguro eram realizados. As investigações apontam quase 12 mil endereços alterados na Caixa pelos criminosos.
Cerca de oito mandados de busca e apreensão e seis de prisão temporária estão sendo cumpridos. Um servidor também deve ser afastado da função pública. As ordens judiciais são cumpridas nos estados do Tocantins, Pará, Maranhão e Distrito Federal.
Segundo a Polícia Federal, são 40 homens cumprindo os mandados expedidos pela 4ª Vara Federal de Palmas e que estão sendo cumpridos na capital do Tocantins, Gurupi e Oliveira de Fátima, além de Parauapebas (PA), Canaã dos Carajás (PA), Imperatriz (MA) e Brasília (DF).
Os suspeitos vão responder pelos crimes de associação criminosa, estelionato majorado, corrupção ativa e corrupção passiva. As penas podem chegar a mais de 26 anos de prisão.
A operação foi chamada de Mensageiro porque a quadrilha supostamente recrutou um funcionário dos Correios, responsável pela entrega irregular dos cartões.
De acordo com a investigação, a suspeita é de que o prejuízo pode chegar a R$ 15 milhões ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).