Plano dos criminosos foi traçado enquanto eles comiam uma pizza que a própria vítima pediu - Crédito: Reprodução

O cunhado e o namorado da técnica de enfermagem tocantinense, Pâmela Nunes Valadares, de 23 anos, confessaram à Polícia Civil que a mataram após uma discussão e planejaram uma fuga, incluindo a mudança de cidade e o uso dos pertences da vítima para mobiliar uma nova casa. O crime ocorreu em Frutal (MG), e o corpo de Pâmela foi encontrado em uma fossa na zona rural.

Participe do grupo do O Norte no WhatsApp e receba as notícias no celular.

COMO TUDO ACONTECEU

No dia do crime, Pâmela convidou os dois assassinos para comer pizza em sua casa. Durante a confraternização, uma brincadeira com tapas no cunhado, Igor Alves, de 23 anos, escalou para uma discussão. Igor exigiu desculpas, e, ao ser recusado, agrediu Pâmela com socos e a enforcou. O namorado, Guilherme Henrique Alves, de 20 anos, ajudou a terminar o crime.

PLANO DE FUGA

Após o feminicídio, os suspeitos jogaram o corpo em uma fossa e retornaram à casa da vítima, onde comeram a pizza e planejaram a fuga. Eles roubaram objetos da casa, como uma fritadeira, airfryer e relógios, para mobiliar uma nova residência.

INVESTIGAÇÃO E PRISÃO

Natural do estado de Tocantins, Pâmela era mulher trans e trabalhava em dois hospitais de Frutal, sendo um deles da rede de saúde pública.

A polícia foi acionada após Pâmela não comparecer ao trabalho na última quarta-feira (19). Amigas da vítima alertaram sobre possíveis agressões do namorado. Guilherme confessou o crime e indicou onde o corpo estava escondido. O Corpo de Bombeiros resgatou o corpo da fossa na zona rural da cidade e a perícia confirmou que Pâmela foi enforcada.

PENALIDADES

Os suspeitos podem responder por feminicídio, ocultação de cadáver, furto e falsa identidade. A pena para feminicídio varia de 20 a 40 anos de prisão, dependendo dos agravantes.

NOTA DE PESAR

A Prefeitura de Frutal emitiu uma nota de pesar pela morte de Pâmela, destacando sua dedicação como técnica de enfermagem no Hospital Frei Gabriel.

Pâmela Nunes Valadares, de 28 anos, era natural do Tocantins — Foto: Redes Sociais/Reprodução