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INSTABILIDADE POLÍTICA

Cidade no Tocantins tem terceiro prefeito em menos de um mês

08 janeiro 2024 - 08h24Por Da Redação

A cidade de Caseara na região Oeste do Tocantins que tem quase 5 mil habitantes, enfrenta um momento de instabilidade política com a dança de cadeiras no município. Em menos de um mês, três prefeitos ocuparam o cargo de gestor. O novo nome a assumir o cargo foi o vereador Marcos Carvalho Lima (PTB), conhecido como Marcos Chico.

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A situação teve início após decisão da Justiça que afastou a prefeita Ildislene Santana (DEM) e todo o seu secretariado.

A decisão aconteceu após uma operação da Polícia Civil ocorrida no início de dezembro que investiga suposta fraude em licitações. Além de Ildislene, a Justiça também tirou do cargo os secretários e o então presidente da Câmara de Vereadores, Cleber Pinto Cavalcante (DEM). Todos eles negaram as acusações.

Na época, o vice-presidente da Câmara na época, vereador Suair Mariano de Melo (PSD), acabou sendo o próximo na linha de sucessão e assumiu a prefeitura em 5 de dezembro de 2023, no entanto, ele ficou no cargo por menos de 30 dias, pois ainda em dezembro houve a eleição da nova mesa diretora da Câmara de Vereadores e o vereador Marcos Carvalho Lima (PTB) foi eleito como presidente.

Assim que tomou posse como presidente, no dia 1º de janeiro de 2024, Marcos Chico, foi conduzido ao cargo de prefeito no lugar de Suair Mariano e a permanência dele no cargo é por tempo indeterminado, podendo inlcusive permanecer até o fim de seu mandato como presidente da Câmara.

A investigação

A operação que resultou no afastamento da prefeita eleita, foi realizada pela 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC), quando cumpriu 19 mandados de busca e apreensão na sede da prefeitura e em endereços dos investigados.

Além disso, o Tribunal de Justiça ordenou a execução de 15 mandados de afastamento da função pública, 20 medidas cautelares e recolhimento de fianças totalizando R$ 1,6 milhão. 

A investigação apura contratos para locação de veículos feitos em 2017 pelas secretarias de Saúde e Educação e a polícia acredita que a locadora seja uma empresa fantasma que foi criada em 2016, logo após a prefeita vencer as eleições do seu primeiro mandato.

De acordo com o apurado, os contratos finalizaram em 2021 com indícios de fraude em licitações, uso de documentos falsos e superfaturamento e a empresa sequer possuía frota suficiente para atender a demanda.

Ainda segundo as investigações, a empresa e seu proprietário movimentaram mais de R$ 23 milhões entre os anos de 2016 a 2020.