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VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Na Câmara, diretora do CCZ reclama da falta de uniformes adequados para os agentes

21 março 2011 - 14h44

Da Redação
 

A câmara Municipal de Araguaína aprovou por unanimidade em 1ª votação, na manhã desta segunda-feira, 21, o projeto de Lei nº008/011, que institui no âmbito do município de Araguaína, o Programa Municipal de combate e Prevenção à Dengue e ao Calazar (leishmaniose) que é de autoria do Executivo Municipal.
 
Este projeto de Lei visa facilitar o trabalho dos agentes de saúde e também melhorar a fiscalização em lotes e dentro das casas que não estão habitadas, além das residências habitadas. Esse projeto também prevê multas que podem chegar a mil reais para quem for reincidente e não tomar medidas para limpeza de seu lote ou quintal de casa.

Dados da VigiLância Sanitária
Araguaína é o quinto município com maior número de casos de dengue e calazar no Estado. Segundo dados da Vigilância Sanitária, hoje são 432 casos notificados e 38 confirmados, o que significa um aumento de 78% em relação ao mesmo período do ano passado, quando haviam 23 casos confirmados. Em relação ao calazar, durante todo ano de 2010, houve 4 mortes infantis, em 2011 já são 4 mortes infantis no município apenas nos três primeiros meses do ano. O maior vilão no caso do Calazar é o lixo, onde são encontrados os focos dessa endemia.

Por se tratar de assunto de suma importância, nesta segunda-feira, a diretora da Vigilância Sanitária de Araguaína (VISA), Rosângela Magalhães Nunes, foi convidada pelos vereadores a comparecer na Câmara Municipal para responder a questionamentos sobre as ações desenvolvidas pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).

A situação é grave na cidade, de 28 de fevereiro a 2 de março, a Vigilância Sanitária, em conjunto com a força tarefa do exército, eliminou 940 focos da dengue e do calazar. No Brasil, hoje, temos 16 Estados tidos como prioritários no combate a estas endemias e Tocantins é um deles.

Absurdo
Apenas 2% das residências de Araguaína receberam a equipe do CCZ munidos de borrifadores para eliminar possíveis focos de endemias, quando questionada sobre a razão de uma porcentagem tão baixa de cobertura, a diretora da VISA, informou que isso se deve à falta de uniforme. “É um absurdo que essas pessoas não possam trabalhar por falta de uma camiseta que os identifique e de uniforme específico que os protejam, isso é algo fácil de resolver para prefeitura, o que falta é empenho e vontade de nossos governantes” discursou o vereador Jorge Frederico (PMDB).

Segundo Rosângela Nunes, o maior obstáculo para compra desses uniformes está no fato de não haver nenhuma empresa no Estado que fabrique ou forneça esse tipo de material: “Infelizmente não é simples assim, esse material vem de outro Estado, esses uniformes protegem a vida de nossos funcionários e precisam ter certificados que atestem a sua qualidade, por isso a demora e o custo elevado dos mesmos” explica a diretora da Vigilância Sanitária.

Falta de comunicação
Enquanto a diretora Rosângela Nunes, fez afirmações quanto às dificuldades para a compra dos uniformes como, demora e custos elevados dos mesmos, a equipe de reportagem do Portal O Norte entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Município através do assessor de Planejamento, José Correia da Silva, pra esclarecer mais detalhes sobre a possível licitação correspondente à compra de uniformes adequados para o trabalho dos agentes da Vigilância Sanitária e constatou com base nas informações fornecidas pelo assessor, que a falta de envio de alguns dados importantes por parte da própria equipe do CCZ tem atrapalhado o andamento do pedido.

Correia afirma que devolveu o pedido de licitação ao CCZ para que eles providenciassem dados que faltavam ser especificados como: quantidade de uniformes, logotipo da CCZ que será aplicado ao uniforme bem como os tamanhos respectivos dos mesmos (P,M,G). José Correia finaliza afirmando que a Secretaria está até o momento, no aguardo da confirmação dessas solicitações para dar procedimento ao pedido.