Os números de casos notificados de dengue no Estado até agosto deste ano somam 17.614, sendo que nesse mesmo período do ano passado foram 14.624, um crescimento de 20%, assim informou Simone Mendes, coordenadora de Dengue da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). Porém, conforme as informações da Sesau, os casos de óbitos reduziram de seis, em todo ano de 2010, para quatro mortes esse ano. Segundo a secretaria, nesses primeiros oito meses, Palmas já somam 7.697 casos, Araguaína 2.237 confirmações e Gurupi contabilizou 573 casos.
Esses dados foram discutidos na reunião do Comitê Municipal de Mobilização Social de Combate à Dengue, que ocorreu ontem no anexo I do Sesau. Um dos temas debatidos foram os pontos estratégicos de possíveis focos do mosquito na Capital, oficinas, ferros velhos e galpões de reciclagem. Simone apontou que estas localidades podem ser as responsáveis pelo aumento dos casos, mesmo no período sem chuva. “Esse ano é atípico, queda nos casos no período chuvoso, mas crescimento nos meses de junho, julho e agosto”, detalhou.
Para o diretor da Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), Cláudio Garcia, é angustiante notar esses amontoados de resíduos pelas ruas de Palmas. “Temos atuado com os pontos estratégicos com visitas regulares a cada 15 dias e borrifamento mensal”, disse. A Semus informou que um caminhão também percorre diariamente todas as borracharias e áreas verdes recolhendo pneus destinados apenas para reciclagem.
Ações
O comitê deliberou que fará um convite à Secretaria Municipal de Meio Ambiente para que apresente o projeto de reciclagem para Palmas na próxima reunião. Também enviaram comunicado ao governo do Estado para que resolva a situação dos carros disponíveis para reciclagem, sejam guardados em local fechado. A próxima reunião será no dia 11 de outubro, no Ministério Público Estadual (MPE).
O representante do MPE, Manoel Moura da Silva, disse que levará a situação à 27ª Promotoria, que trata da saúde pública. “Existe uma lei municipal que responsabiliza os proprietários e moradores, por possíveis criadouros de mosquito. Nesse sentido, o MPE poderá pedir informações das ações feitas pela Semus em relação aos pontos estratégicos e averiguar se as ações necessárias estão sendo realizadas”, disse. (Do Jornal do Tocantins)