Despacho emitido nesta terça-feira, 27, pelo ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Arnaldo Versiani, solicita informações ao Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE) quanto ao andamento da carta de ordem expedida à corte regional. Só depois da reposta, irá citar o governador Siqueira Campos (PSDB) e seu vice, João Oliveira (a caminho do PSD).
Em junho, o ministro determinou a oitiva de cinco testemunhas, todas listadas pelos autores do RCED 495 (Recurso Contra a Expedição de Diploma), Júnior Coimbra (deputado federal pelo PMDB), Eduardo do Dertins (deputado estadual pelo PPS) e o ex-governador Carlos Gaguim (PMDB).
Eles acusam Siqueira e João Oliveira de abuso de poder econômico e poder político, uso indevido dos meios de comunicação social, compra de votos e conduta vedada a agente público.
A carta de ordem para a oitiva das testemunhas fixava o prazo de 60 dias para o cumprimento e listava as seguintes testemunhas: Jonas Alves Cavalcante, Maria do Bonfim Sousa Barros, Simone Pereira Neres, todos de Presidente Kennedy e também de Lais Cristina Ribeiro Macedo e Áthila Alves Dias em Porto Nacional.
Diligência
Nesta terça-feira, o Diário da Justiça Eleitoral publicou despacho dado por Versiani, no último dia 20, encaminhando ofício ao ministro Arnaldo Esteves, no STJ (Superior Tribunal de Justiça), pedindo informações sobre um inquérito (nº 728) que tramita naquele tribunal.
O inquérito corre em sigilo no STJ e investiga a suspeita de compra de votos da eleitora Simone Pereira Neres em Presidente Kennedy durante as eleições do ano passado. A cidade é administrada pela prefeita Dalva Oliveira, esposa do vice-governador João Oliveira.
O suposto crime é também uma das acusações que constam no RCED que tenta cassar o diploma de Siqueira Campos e do vice, João Oliveira. (Lailton Costa)