A assembléia geral extraordinária que reuniu profissionais de enfermagem de todo o Tocantins, e aconteceu na noite desta segunda-feira, 10, decidiu em unanimidade pela rejeição das propostas do governo para a categoria. A pauta do evento foi dirigida pelo documento enviado pelo governo às entidades classistas, no último dia 22 setembro, em reunião entre Secretaria da Administração (Secad) e 16 Sindicatos de várias categorias de trabalhadores do Estado. A assembléia foi organizada pelo Sindicato dos Profissionais da Enfermagem do Tocantins (SEET).
Na primeira proposta que trata das progressões tanto verticais quanto horizontais, a assembléia decidiu que só irá aceitar o pagamento em uma única parcela e que seja efetuado até janeiro de 2012, com a ressalva das correções de juros na data da quitação. Ao contrario do que foi oferecido pela Secad que seria o parcelamento do pagamento a partir de janeiro de 2012 e em 24 meses.
Já no que diz respeito ao pagamento da data base, que acontece anualmente em outubro, data estabelecida pelo governo, os trabalhadores só teriam direito ao pagamento em 2012 com efeitos financeiros a partir de janeiro e o valor devido em 24 meses. O governo também propôs a mudança na data do pagamento de outubro para maio, isso implicaria que em 2012 não haveria pagamento da data base, o que só ocorreria em maio de 2013. Na assembléia ficou acertado que a mudança da data base só seria aceito com o pagamento a partir de janeiro e corrigido monetariamente.
Outra proposta do governo seria a restituição da carreira para os servidores da saúde que foram prejudicados pela antecipação da progressão, decorrente do acordo feito quando concedido o aumento de 25% para o quadro da saúde. Com o reajuste algumas pessoas acabaram perdendo o benefício que foi pago em forma de progressão, como alguns servidores já haviam alcançado o limite máximo na carreira não conseguiram ser atingidos com os 25%.Mas para que os servidores sejam compensados o governo propôs uma alteração na tabela financeira das progressões e o aumento tempo para que os servidores possam subir um nível a mais na carreira diminuindo ainda os percentuais de aumento salarial. A proposta também foi rejeitada em unanimidade pela categoria.
“Hoje os enfermeiros representam 60% da força de trabalho da Saúde do Tocantins e 80% dos profissionais que trabalham no Programa Saúde da Família. Nós não iremos aceitar qualquer proposta lutamos muito para conseguir estes direitos e não vamos abrir não assim tão fácil”, explicou o presidente do SEET, Ismael Sabino da Luz.
Fizeram parte da mesa de trabalho, Ismael Sabino da Luz,presidente,a diretoria do SEET, entre eles Rosangela Coutinho, secretária geral, Antonia Régia, Diretora Financeira, Elza Lustosa, diretora social, Claudean Pereira, vice-presidente, e Joan Milhomem, Assessor Jurídico.(Da Ascom)